sábado, 19 de março de 2022

MPB 4 + Quarteto em Cy + Chico Buarque + Tom Jobim

Por Edmilson Siqueira 

Cerca de três anos depois da morte de Tom Jobim, o MPB4 e o Quarteto em Cy, mais Chico Buarque de Holanda, se reuniram para gravar um disco em homenagem ao maestro soberano e às parcerias que ele realizou com o próprio Chico.  


O resultado da união entre dois afinadíssimos grupos vocais, além da presença de Chico Buarque em algumas das faixas, é um trabalho que emociona não só pela mais que justa homenagem, mas, também, pelo excelente repertório, pois não há nada que tenha a mão dos dois compositores - sozinhos ou em dupla - que possa ser considerado mais ou menos, é tudo muito bom.  


O disco, lançado em 2007, fez sucesso e virou um show que andou pelo Brasil inteiro com grandes plateias.

O sucesso não foi por acaso. Uma grande produção da Polygram dirigida por Guto de Graça Melo com arranjos de Dori Caymmi e a participação de músicos como Paulo Jobim, Luiz Carlos Ramos, João Lyra, Cristóvão Bastos e Jacques Morellenbaum, entre outros. E até a volta triunfal de Julinho de Adelaide numa das faixas. Pra quem não sabe, Julinho da Adelaide foi uma criação de Chico Buarque para enganar a censura da ditadura. Como bastava ver seu nome numa música que os censores se assanhavam para descobrir entrelinhas e segunda intenções, o que geralmente terminava em cortes e mais cortes nas letras, Chico registrou duas músicas em nome de um tal de Julinho da Adelaide. Um heterônimo pra enganar a censura.
Falando de Amor, só de Jobim, mostra que nosso maestro soberano era bom de letra também. E com dois conjuntos vocais, um masculino e outro feminino, a música ganhou interpretação de gala. Pois É, outra canção de amor junta os dois novamente numa pungente letra de Chico para a belíssima melodia de Jobim. 

Para dar mais veracidade ao personagem, o "novo compositor dos morros cariocas" deu até uma entrevista que saiu em página inteira do jornal Última Hora. O autor da entrevista foi o amigo Mário Prata. Detalhes, deliciosos por sinal, dessa entrevista, podem ser lidos em http://www.chicobuarque.com.br/sanatorio/julinho.htm. Nessa página há inclusive dois outros links: um para a entrevista como foi publicada e outro para a transcrição integral da fita, gravada na casa dos pais de Chico. Três músicas de Chico - Acorda Amor, Jorge Maravilha e Milagre Brasileiro - foram enviadas para a Censura Federal (na época era obrigatório enviar as letras para os censores) e passaram sem qualquer problema. Quem as ouve hoje, não vê nada demais, mas pra a época, década de 70, com a ditadura comendo solta, eram letras "altamente subversivas" na imbecil visão da censura. Seriam proibidas na íntegra se soubessem que eram de Chico. 


Voltando ao disco, ele é inteiro bonito. Começa com Meninos, Eu Vi, de Jobim e Chico, uma marcha-rancho muito bem definida e uma letra perfeita. Eu Te amo, a segunda música, também da dupla, feita para o filme de Jabor do mesmo nome, já ganhou gravações e traduções em algumas línguas, inclusive no francês. É aquele do "meu paletó abraça seu vestido". Obra prima. 

Piano na Mangueira, a última parceria entre eles, é uma festa que ambos escreveram para comemorar a presença de Jobim no samba-enredo da Mangueira. Em A Violeira, Chico aproveitou um baião moderno de Jobim e colocou uma letra feminina, com a sina de uma mulher, trágica e cômica, pelo Brasil quase inteiro.  


Em seguida aparece Anos Dourados, grande sucesso dos dois, música feita para uma minissérie da Globo na qual Chico botou letra depois. A música seguinte teve o mesmo esquema. Era uma instrumental de Jobim, que chegou a gravá-la sem letra e com o nome original: Amparo. Depois da letra de Chico em parceria com Vinicius, virou Olha Maria. Biscate, só de Chico, é a música que fez Julinho da Adelaide voltar à cena, ainda que por apenas uma faixa.


A faixa seguinte teve o mesmo percurso de Olha Maria. Era mais uma grande música sem letra de Jobim. Chegou a ser gravada por ele mesmo, com grande orquestra, nos EUA, e até por Chet Baker com o nome original, Zíngaro (Cigano). A letra colocada por Chico, a pedido de Jobim, mudou tudo: Retrato em Branco e Preto, pela excelência da música e da letra, caminha para entrar no panteão dos clássicos da MPB. 


Um grande sucesso de Chico, Noite dos Mascarados, gravada como primeira música do seu segundo disco de carreira, faz o MPB4 e o Quarteto em Cy se sentirem muito à vontade, já que a música é um diálogo entre um Pierrot e uma Colombina.  


Sabiá, a vencedora do III Festival Internacional da Canção da Globo, em 1968 - e que recebeu uma tremenda vaia no Maracanãzinho, pois a plateia, com muito estudante de esquerda, queria que Geraldo Vandré ganhasse - foi uma canção que, com o tempo, foi tendo sua importância reconhecida. Hoje é um clássico e não há dúvida que se trata de uma nova canção do exílio. 


A canção seguinte não é tão conhecida, mas Imagina tem uma história bonita. Ela está na biografia de Jobim, escrita por Wagner Homem e Luiz Roberto de Oliveira. Dizem que "a canção foi uma das primeiras músicas compostas por Tom, em 1947, e que ficou sem letra por mais de 30 anos. Era puramente instrumental e considerada como impossível de receber letra. Em 1983, Chico Buarque resolveu colocar a poesia na música 'iletrável'". Conseguiu, claro. E ficou muito bonita. 


A última música desse disco maravilhoso é de bater uma saudade danada. Aproveitaram uma gravação caseira de Tom Jobim mostrando a música Bate-Boca para Chico, que ia botar a letra e já tinha até escolhido um nome. Só que Jobim morreu antes e Chico não conseguiu botar a letra. Depois da introdução de Jobim, tocando piano e falando, o MPB4 e o Quarteto em Cy assumem a canção, sem letra. Memorável. E lindo.

 

Esse disco pode ser ouvido inteiro, faixa por faixa, no YouTube: https://www.youtube.com/watchv=IhOADfLVNV8&list=OLAK5uy_keTYV58QHa4T6etgOLsWSV8TWXpmA6l8k.


E também na página oficial do MPB4: http://www.mpb4.com.br/mpb4-e-quarteto-em-cy-dedicado-a-obra-de-tom-jobim-e-chico-buarque/ . 

sexta-feira, 18 de março de 2022

Mistério sem critério

Por Ronaldo Faria

Ouvindo What a Wonderful World, na voz eterna de Louis Armstrong, vejo que não há mais muito o que esperar pelo sonho da descoberta passageira. Para sempre, até o meu fim, ficarão a dúvida, a avidez da presença, a ausente presença real. Todas simplistas e efêmeras no silêncio de uma La Vie em Rose no metal do “Boca de Sapo”. Para sempre ficarão o rosto e o corpo escondidos num pedaço do cérebro, entre um neurônio e outro de estúdio de tevê que teima em subsistir as ramificações elétricas, apesar do ocaso geral. Filho único que não se deixa embriagar de passado e olhos sobre o Rio a piscar. É dele, irreal, que retiro a ingrata certeza do dever cumprido, da promessa paga, das letras corretas, das palavras vazias na sombria madrugada na Lagoa. A se despedir do futuro. Tudo como augúrio arrancado a fórceps da felicidade única...

Autumn Leaves passa com seus barulhos de antiguidade na voz de Nat King Cole. E percorre cada segundo com a avidez e celeuma do tempo em que eu não era nada. Agora serei? Entra Wave, com o maestro Tom Jobim. Coisas que só o coração pode entender. Aqui, fundamental é mesmo embriagar-se de passageiras maneiras de vaticinar a dúvida que ficará para sempre. Que fim ela levou? – pergunto ao pai hinduísta. Nada como a vodca da madrugada para nos fazer íntimos do outro e da ausência postergada da vida. E entra Tom de novo. Imagina. Que bom poder exercer no teclado a mesma criação das notas de um piano mágico. Mesmo que longe da genialidade e da ferrenha vontade de expor emoções e volúpias abissais cheias de areia, ondas e pernas morenas, irreais. 

Vamos a Pequenina, de Dércio Marques. Terá sido ela pequena? Não lembro. Menor que eu, certamente. Mas maior, muito maior em certezas e desejos, respostas e (des)caminhos. Por que, então, sumiu na estrada da vida? Que rumos terá tomado, entre imagens a decupar programas cortados em fades, in e out? Somos todos irmãos da Lua. Mas onde está a lua brilhando sobre a Lagoa? Onde está o homem-menino de camisa branca cearense, de saco de estopa, a andar à toa pelos bares do Leblon? Vou-me embora pra Pasárgada. Lá sou amigo do rei, diz Paulo Diniz. Talvez seja a hora de chamar a Mãe D’água para me contar as estórias que, no tempo de menino, ela vinha me contar. Afinal, estou mais triste de não ter jeito, com vontade de me matar. E a mulher que eu quero, na cama que escolherei, sumiu. Ninguém sabe, ninguém viu...

Aqui, no Interior, a Tristeza do Jeca ecoa sem parar. Não há muito o que contar ou reportar. Eu, repórter, falhei em descobrir a fonte. No riacho, a fonte real desce em margeios e anseios próprios. E cai na água fria, gostosa, refeita e rarefeita de fantasias desbragadas e parcimoniosas consigo e comigo mesmo. Naquela mesa irrompe no vozeirão de Nelson Gonçalves. Se eu soubesse quanto dói a vida. Mas a dor ainda dói mesmo assim. O silêncio, sepulcral, metonímico, benfazejo, utópico, dirimido em tópicos aleatórios de clitóris não tocado, é total. A noite adentra misteriosa e cheia de imagens vorazes de verter pelas esquinas, como a toalha de um conto passado, levada ao caixão como um troféu à perda antevista. Os olhos não veem além da tela os olhos negros e vivos dela.

Na verdade, é tudo Papo de Passarim. É tudo gelo em degelo no álcool com gosto de laranja. É tudo quase madrugada de um novo dia, a dois minutos de chegar. É nada e é tudo. É como estar desnudo de corpo e alma a me embriagar de letras e rimas, poesia e cantiga, palavras e vida. Nada há e pouco haverá. A capela gorjeia notas e acordes, mas o coração não acorda da sua imensa tristeza da dúvida real. Nem uma Toada refaz a fatídica e intrínseca verdade de uma saudade que é dor pungente, morena. A ouvir comigo esta cantiga. Vida aventureira. Coisa de dobrar a esquina errada ou certa; digitar a palavra correta ou desconexa, largar entre litros e litros de morte antevista a vida redescoberta em textos de volúpia virginal. 

Ne Me Quitte Pas, no sussurro de Maysa, me remete aos Andes, à Anita em carne viva, pequena, olhos coloridos a brilhar. E tanto e quanto andei, nos últimos anos, para tentar reaver o passado, recuperar o esquecido, ignorar o presente nas suas mazelas e velas acesas ao acaso e ocaso da vida. Como me fiz e refiz na lareira de uma brasa esquecida. Tudo como Gilda, e eu – ante a sua aparição do poeta Vinicius de Moraes. E é a brisa do mar, o solilóquio de reportagens postadas em poemas, penas imaginárias, pênseis e inexplicáveis que fazem um semianalfabeto tirar letras de pedra, brotando-as no quintal da emoção e genética da criação. E chega o Intermezzo From Cavaleria Rusticana. Nesta música só não chora quem não ama. Ou então quem não sabe que a eternidade, na sua finitude, não passa de uma chama. Hoje, porém, deixei de lágrimas derramar.

O CD está para acabar. Foram algumas músicas catadas a dedo de milhares de canções que têm até a voz da loura Marilyn Monroe e seus diamantes que qualquer mulher há de ter como melhor amigo. Por aqui vou ficando e arfando na certeza de não ter terminado a busca que me ofusca e remete a saudades letais. Por aqui, vou passando, Night and Day, a saber que cada noite e cada dia são de um passado real, abrupto, final. Um dia, com toda a certeza que a vida nos dá, a night não verá o day, ou o day não se fará de night. Há escolha? Há como decidir o fim? 

Se assim houver, quero baixar os olhos e emoções ao nada em plena madrugada, embriagada e desmistificada em si mesma. Only You. Senão, quem sabe, em Sampa, a ver amigos da Austrália e trocar selinhos de idas e vindas, de versos e passagens, de regressos e viagens. Coisas de Adios Nonino. É isso: hoje dou adeus ao meu menino que pensa ser o dia-a-dia parte de um parque de diversões dos mortos em férias. Agora, efêmera memória, a feérica luminosidade da saudade dá lugar ao desejo da máquina do tempo que se esconde na brisa do tempo. Mas, hoje, não há canção ou rima metafórica. A catarse da frase se fez sem demora. Agora, a hora é o discrepante fastio maldizente, cheia de gás carbônico e gente que há de vir. Que o tempo nos resguarde, ao menos, de ter de sorrir por sorrir. Dói-me a mandíbula ter de fingir...

quinta-feira, 17 de março de 2022

Solar Trio: uma agradável aula de música

Por Edmilson Siqueira 

Houve um tempo aqui em Campinas que o teatro interno do Centro de Convivência Cultural servia até para gravação de discos. A própria Sinfônica gravou alguns discos ali e vários conjuntos também, como foi o caso do Solar Trio. Abandonado por administrações municipais incompetentes, todo o conjunto ali se arrasta numa reforma há anos, depois de se tornar algo imprestável. Talvez um dia ele volte a funcionar como teatro e não como abrigo de morcegos e outros bichos. 


Mas, quando sua estrutura ainda podia receber um grupo para, aproveitando-se de sua excelente acústica e do belo piano Steinway & Sons que ali havia (não sei se ele sobreviveu ao descaso), gravar um disco, o Solar Trio ali esteve nas noites dos dias 18 e 19 de junho de 1995 e nos presenteou com doze interpretações muito pessoais de várias pérolas da MPB, mais uma gravada no Ômega Studios, além de algumas criações próprias. 

O Solar Trio era formado pelo grande Bebeto ao piano, que assina duas das músicas do disco com seu nome próprio: Arno Roberto von Buettner. Ele morreu em agosto de 2014, aos 66 anos. Na bateria e percussão, o músico da Sinfônica - e do jazz na noite - Jayme Pladevall. E no contrabaixo acústico, o hoje bacharel, mestre e doutor pela Faculdade de Música da Unicamp, Zé Alexandre Carvalho. 


A reunião desses três não poderia dar errado. Músicos de fina sensibilidade, deram às composições escolhidas para o disco um tratamento nobre. Nada de grandes arroubos sonoros, mas apenas o trânsito possível e agradável nas melodias. Trata-se, e digo sem medo de errar, de um excelente disco de MPB e jazz, uma perfeita fusão entre os dois estilos que são responsáveis pelas duas mais belas músicas populares do mundo.  


Bonita, de Tom Jobim, abre disco com uma suavidade impressionante. Bebeto, que costumava se esbaldar nas teclas nas noites campineira, aqui assume um comportamento sóbrio diante da obra de um mestre. O contrabaixo de Zé Alexandre e a bateria de Jayme Pladevall fazem o acompanhamento discreto e certeiro que a melodia necessita. 


De Jobim para Caetano Veloso é o que nos traz a segunda faixa: Muito. Após uma introdução de Bebeto, a jazzística composição de Caetano dá ao grupo a chance de navegar por todas suas possibilidades melódicas. É a música com a maior seção de improviso do disco. 


A música que Roberto Menescal e Chico Buarque fizeram para o filme de Cacá Diegues, Bye Bye Brasil vem a seguir. A melodia de Menescal não é muito grande e se tornou repetitiva na longa letra que Chico escreveu. Aliás, segundo o próprio Menescal, a letra tinha umas dez páginas. A que acabou sendo gravada foi uma pequena parte escolhida por Cacá Diegues. O Solar Trio resolve com maestria e improviso, navegando pelos caminhos sugeridos sem se esquecer da bela melodia, nos sete minutos. 


O clássico Manhã de Carnaval, de Luiz Bonfá e Antonio Maria, mantém não só a qualidade das músicas escolhidas, como perpetua a impressão de que se trata de uma das mais belas melodias da MPB. O grupo não economiza na trilha, com momentos de improviso do contrabaixo que aumentam ainda mais a beleza da música. 


Tristeza de Nós Dois, de Maurício Einhorn, Durval Ferreira e Bebeto Castilho, é música constante no repertório de muitos conjuntos de jazz do Brasil. Com seus sete minutos e um segundo de duração é a música mais longa do disco e campo fértil para o talento do grupo. 


A música seguinte é a primeira de autoria de Bebeto (foto): Notas Bach. Um exercício sonoro muito bem resolvido que mostra que também em composição própria o pianista não deixa a desejar. 


Tom Jobim volta na sétima faixa, na companhia de Vinicius de Moraes com Chora Coração, uma música pouco conhecida da dupla, mas que se presta muito bem à proposta do Solar Trio.

A faixa seguinte é outra de autoria de um membro do grupo: Antigo Nada tras a assinatura do baterista Jayme Pladevall. Como não podia deixar de ser, a percussão inicia a música, vindo a seguir belo solo feito no contrabaixo com arco. É quase uma vinheta, de apenas 1 minuto e 44 segundos, sem a participação do piano de Bebeto.


Outra música de Bebeto (foto), Lisa, também é de ótima qualidade, não ficando a dever nada para as músicas famosas que compõem o CD.


As quatro últimas músicas são todas de autores famosos e de alta qualidade também: Trilhos Urbanos, de Caetano Veloso, Canto Triste, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes (atenção para o belo solo do contrabaixo tocado com arco); Imagem, de Luiz Eça e A. de Oliveira, um samba gostoso e rápido e Outra Vez, de Tom Jobim. Enfim, trata-se de um ótimo disco para ouvir sossegado e sentir saudade do tempo em que Campinas tinha uma vida cultural intensa e acessível.

No YouTube, ao teclar "Solar Trio" encontrei doze das treze músicas do disco. Estão separadas, mas dá pra ouvir bem.   

quarta-feira, 16 de março de 2022

Compositores, cantores, marcos...

Por Ronaldo Faria

Zabumba, Cazuza.

Amanhã, Arantes.

O quereres, Caetano.

Beleza, Fagner.

Solidão, Belchior.

Flor de Liz, Djavan.

Carioca, Buarque.

Eterno, Gudin.

Estampas, Xangai.

O bêbado, João Bosco.

Dorothy, Jorge Benjor.

Iluminação, Mautner.

Xote, Gil.

Acalma, Gonzaguinha.

Orquídeas, Assumpção.

Balada, Macalé.

Impacto, Moska.

José, Diniz.

Formosa, Taiguara.

Mistérios, Zé Geraldo.

Kamikaze, Ramalho.

Casa, Rodrix.

Wave, Jobim.

Bolero, Adnet.

Clara, Himes.

Ponteio, Edu.

Entardecer, Arantes.

Loucura, Raul.

Telegrama, Lulu.

Estradas, Geraldo Azevedo.

Bicicleta, Zé Renato.

Trem, Vercilo.

Lenha, Baleiro.

Pequenina, Dércio Marques.

Morena, Alceu.

Cantador, Gonzagão.

Vida, Gonzaguinha.

Nostradamus, Dussek.

Infernal, Nando.

Em casa, Antunes.

Negro, Melodia.

José, Villeroy.

Um Zé, Tom Zé.

Estrada, Almir.

Alvorada, Teixeira.

Amor, Cartola.

Ouverture, Vinicius de Moraes.

Presságio natalino

 Por Ronaldo Faria O Natal corre brejeiro e cheio de cheiros, madrigal. Se esconde nas cercanias de casarios perdidos no tempo ao vento qu...