sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Ao som do erudito, dito por não dito

 Por Ronaldo Faria


Escrever, pensar, escrevinhar. Viver cada minuto preso em segundos e, ao fim de tudo, continuar. Ensaiar um périplo de emoções, subscrever epitáfios, desdenhar. Viver. Remover terras e montanhas de nós mesmos. A esmo, crescer e definhar. Num trem a cruzar terras, céus e luar, um resto de terra e outro tanto de mar. Quiçá, alguém a submergir e adernar em si. Às próprias loucuras naufragar. Nalgum porto uma boca amiga irá abocanhar o que ainda restar. E surgirão beijos cansados, corpos amargos, soluções de algo. E assim enfim, no fim de mais um dia, a fria melancolia se porá a avivar. Na sublime ternura da loucura, a chegança de uma fumaça irá apitar... Que um amanhã ainda possa chegar. 

(Sobre a foto do Leandro Ferreira)


Com os Paralamas do Sucesso e a porra de uns óculos que não dão pra ver a tela direito

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