Por Ronaldo Faria
Loucura no invólucro de que pouca coisa falta. Mais uma lata só. Que dó...
Metrópole que pode ser a
acrópole do fim de tudo. Paulistana sanha assanhada do drama. No meio de tudo,
no todo, a briga entre o desejo e o ensejo do passado de muito atrás. Rojões ao
léu, aos ouvidos do menestrel. Um quarto de hotel desnudo a granel. O amor
entre o louco e Jezebel. O mistério se faz misterioso no fel. No mundo
paulistano, melhor cruzar os meandros da metrópole e da acrópole do que ser Gardel.
Sejamos parcimoniosos com os corpos em ossos. Possamos possuir o que a noite nos dá: loucuras, clamídias, canduras. Um tanto de futuro e outro tanto de volátil urro. Brincadeiras e asneiras ao nada. Como diria o poeta, orgasmo total. Como a bola certa de um qualquer sobre o Nadal. Uma rena a fugir quando Papai Noel grita que está na hora do mais próximo Natal.
Nos façamos madrugadores de dores e odores. Deixem-nos pagar a conta ao garçom que sorri sem dentes como se não tivesse antecedentes de quem antes jogou a bandeja na cara de quem não a deseja ou veja. Ao prato, sabor de veneno. Cantilenas jogadas ao vento e ao ventre. Como o poeta embriagado e largado no imbróglio entre a cena de Sampa e o passado de samba, fez-se o derradeiro drama.