quinta-feira, 16 de março de 2023

Gilberteando

 Por Ronaldo Faria

 


Imaginação em ação. De onde virão essas sílabas, essas palavras, essas frases parafraseadas num corpo que sabe sequer o que é? Entre perguntas e prenúncios ciosos de ter respostas óbvias, ficam a dúvida, a dívida com a eternidade, a eterna saudade de um voltar sem rever. Talvez uma vadia e tardia elegia dos cheiros de um mar ao sul, banal e fatal, quase fetal, a virar segundos infinitos e mortais, tais e quais.

Na celeuma que há entre o falso cadafalso e o falsete do cantor, o ator que há em si pede para a cortina nunca descortinar o que não se fará. Não esqueça também que uma lata treme de frio à espera de um corpo, internamente, para se fazer esquentar. Um dia isso não mais acontecerá. Se oriente, rapaz... a tal de paz pranteia mil desejos e ensejos, mas, creia, ela não sabe sequer em que porto poderá se aportar.

Zé Geraldo

 Por Ronaldo Faria A viola viola o sonho do sonhador como se fosse certo invadir os dias da dádiva que devia alegria para a orgia primeira...