sábado, 13 de maio de 2023

Mandinga

 Por Ronaldo Faria


Mandingueira feira de vozes e odes, profecias de algozes, canseira de torpes e alforjes. Na estradeira que se dá sem eira e nem beira, sobra, calcinada, a derradeira madeira. No meio de tudo, decerto haverá uma esteira para repousar o corpo cansado.

Assanhado, o poeta vira desafeto da vida e meio profeta. Esteta de si mesmo, vive a esmo no que der ou vier. E, se não der, que se vá entre vãos e qualquer lar. Afinal, para uma alma perdida não há muito a seguir para onde for ou mesmo um lugar no lagar.


Zé Geraldo

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