Por Ronaldo Faria
Trapizonga cômica masculina como empedernido sonho feito formicida colocado no nosso dia findo ao infundado. Mais uma etapa tracejada de sonhos e perdas. Quaresmas mil, bazófias quaisquer, emblemáticas auroras que nunca vão raiar.
Trovões, nem por isso, far-se-ão. Talvez um pingo ou outro respingo onde ele haverá de se fazer. No caminho sôfrego, o âmago a se tragar na draga que o pó a estrada há de levar.
No abrir da rosa visceral, um
desigual porvir entre a realidade e o senão. No meio de tudo, um sermão. Ser ou
não ser, eis a questão? À loucura utópica e ótica, alguém por certo saberá
grassar. Daqui, tudo o que o mestre irá mandar. E se ele não o fizer, creiam
valerá ter sido o mais rápido esperma numa corrida entre o sabugo e o gavião. Na
vida, osmótica e ótica, vale o que for nas teclas tardias e lógicas. Há prosódia
no mundo?
Trapizonga cônica e afônica como nada ser. Calandras nunca viradas em ideias e teias tragicômicas. Mistura de histórias mal contadas e palavras nunca ditas, inauditas ao ouvir do senão. Brincadeiras repaginadas em maresias da Zona Sul, augúrios férteis em estrelas douradas. Canções de reis sem coroa, como um faminto a comer sua broa. Um tempo atemporal, casual, far-se-á como qualquer decrépito dia.