quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Rod Stewart e seu disco de soul

Por Edmilson Siqueira 

"Este é o álbum que eu esperei a vida toda para gravar." 


Se um cantor famoso no mundo todo, com grandes sucessos e shows lotados em todo lugar, escreve essa frase no início texto do encarte que acompanha o disco, o resultado só pode ser um ótimo disco pra se ouvir.  E ele confessa ainda: "Essas canções e cantores foram o oxigênio que abasteceu minha paixão por cantar". 


O disco se chama "Soul Book" e o cantor não é ninguém menos que o britânico de ascendência inglesa e escocesa, Rod Stewart. O disco foi gravado em 2009, entre o quarto e o quinto songbooks que ele fez da música norte-americana. E, ao contrário daqueles discos, esse está cheio de músicas bastante populares e Rod canta, em quatro faixas, acompanhado dos cantores que fizeram sucesso com essas músicas.  


De produção impecável, como quase toda a obra do cantor, "Soul Book" tem treze faixas. A música negra que ele canta aqui, diz ele no encarte, vem da paixão na juventude, quando, com um pequeno radio de pilhas, sintonizava as rádios Luxemburgo e Carolina, no norte de Londres. Foi através dessas rádios que ele conheceu Otis Redding, San Cooke, Jackie Wilson, James Brown, The Temptations, The Four Tops e muitos outros. E completa: "Eu tentava cantar como eles e me vestir como eles".   

A primeira faixa é "It's The Same Old Song", de Lamon Dozier, Brian e Eddie Holland, seguida de "My Cherie Amour", de Henry Cosby, Silvio Moy e Stevie Wonder. Nessa, o grande Stevie participa da gravação, dando a ela um brilho mais especial ainda.  


Outro sucesso mundial vem na terceira faixa:"You Make Me Feel Brand New", de Thomas Bell e Linda Epstein. Desta vez é a cantora Mary J. Blige quem divide os microfones com Rod. Ótima gravação.  


"Higher And Higher", de Gary Jackson, Raynard Miner e Carl Smith, é a quarta faixa, que precede outro gigantesco sucesso da soul music, eternizada na voz de Jonhhy Rivers: "The Track Of My Tears", de Warren Moore, Willian Robinson e Marvin Tarplin, com a presença na gravação de Smokey Robinson.  


Um dueto com Jennifer Hudson é a sexta faixa. Trata-se de "Let It Be Me", do francês Gilbert Becaud, Mony Kurtz e Pierre LeRoyer. Outro grande suceso da música negra norte-americana é a sétima faixa, "Rainy Night In Georgia", de Tony Joe White que Rod transfromou numa das melhores faixas do disco.  


A oitava faixa é "What Becomes Of The Broken Hearted", de James Dean, Paul Riser e Willian Weatherspoon, seguida de "Love Train", de Keneth Gamble e Leon Hulf.  

Dois outros grandes sucessos vêm a seguir: "You've Really Got a Hold On Me", de Willian Robinson e o megassucesso cantado por Louis Armstrong, "What a Wonderful World", de Lou Adler, Herp Albert e Sam Cook.  


Por fim, fechando a ótima seleção, temos "If You Don't Know By Me", de Kenneth Gamble e Leon Hulf e Just My Imagination, de Barret Strong e Norman Whitfield.  


O disco está à venda nos bons sites do ramo e pode ser ouvido na íntegra no YouTube, em https://www.youtube.com/watch?v=_5D-nQsaIrc&list=PLHbFuE96EY1qhKrw6kuCU3cwCj7hmCig- . 

Zé Geraldo

 Por Ronaldo Faria A viola viola o sonho do sonhador como se fosse certo invadir os dias da dádiva que devia alegria para a orgia primeira...