Por Ronaldo Faria
Poder escrever, se reescrever, descrever nova esperança, crível anca, soluções e ilusões em camadas de porções e dialética. Mais dias a ultimar um interregno de mar, um discreto e incerto incesto, um indigesto sabor de fica pra depois, num após que o apocalipse já pressupôs cálido e calado. Contudo, rever o oculto é poder sintetizar pecados e afagos, pródigos olhares, alhures solitários. Coisa de fastio e fábulas, verborragia e azia, anchos tormentos entremeados em pensamentos e prazeres. Tudo como a carcomida emoção que voa da canção para soar em sentimento... No coração o lamento se contorciona para não morrer.
Em homenagem ao disco “Se é Pecado Sambar”, de Mariana de Moraes, que agora em abril completa 23 anos de gravado.