segunda-feira, 20 de junho de 2022

Ao Cazuza forever

 Por Ronaldo Faria


Quirelas de paixões transmutadas em suores e odores calcinados na chama do fim. Pedaço de luares vazios e diminutos, longe da luz cheia de um corpo celeste que morre ou nasce ao leste. Quem saberá? No frigir de óvulos no asfalto em salto alto, canta o solitário sabiá.

Pedaços de esperanças nas ancas que se vestem e se despem na ausência ou na anuência do amante. Canibais de si mesmos, dois corpos volatilizam num espaço inexistente e premente. Quem ouvirá? Na inexatidão do tesão, voam amores sem nunca pisar num avião.

Minúsculas vertentes de entes queridos, profícuas laqueaduras que se romperam à primeira covardia que pediu piedade. Um tanto de escuridão, outro tanto de dores que se dobram na madrugada. Daqui, arde a dor que se esmera inócua e perdida pelos inúteis cantos e cânticos.

Zé Geraldo

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