quinta-feira, 14 de julho de 2022

Larica musical (ou essência sem sal) ao Pixinguinha

 Por Ronaldo Faria

Sertão, com alazão ou não. Boa noite. Boa vida. Morte e remissão. Paixão. Menino a correr seus pastos com caminhão de madeira e senão. Suas queimadas e vestes pequenas para uma vida de sofrer e dor. Coisinha pequena e de torpor. Cabeçudo, quando no Nordeste cabeça grande é sinal de inteligência. Na premência da vida, carência de lembrar. Coisa boa e sinal de chegar. Na feira, cheiros e coisas, Quasimodo de derrear. Sertanejo no passado, carioca ao acaso, alguma coisa paulistana no descaso. Vestígios de estranhos prazeres embriagados e noturnos afazeres: escrever, sofrer, relembrar além do bar e ser. No mais, caminhadas ofegantes e arfadas, garfadas de bacalhau que já não existe, subscritas saudades inauditas. No som de fundo, Pixinguinha a sorver o tempo profundo. O que assim não o for, faça-se imundo. Desça aos córregos seus ralos infindos e profundos. Aonde chegar, se desfaça inaudível e em largar. Daqui, sorverei apenas o mais clérigo jamais ser. No som, Elvis que não está aqui teima em não morrer...

Zé Geraldo

 Por Ronaldo Faria A viola viola o sonho do sonhador como se fosse certo invadir os dias da dádiva que devia alegria para a orgia primeira...