terça-feira, 22 de novembro de 2022

O grande som das big bands

Por Edmilson Siqueira

O tema de hoje é um CD com uma ótima seleção de Big Bands norte-americanas, chamado, muito a propósito, "A String of Pearls", lançado em 1994. Gosto muito do som dessas orquestras, sei que surgiram nos EUA ali pelos anos de 1910 e 1920, mas por falta de maiores detalhes, fui procurar nas redes, algo mais concreto para escrever aqui. E acabei encontrando um texto tão bom, que resolvi reproduzir boa parte dele para que todos que nos leem conhecendo pelo menos parte dessa rica história das big bands dos EUA. O texto foi encontrado no site "Big Band Esquina do Jazz" e é atribuído ao jornalista Milton Saldanha. 


"A história das big-bands pode começar a ser contada no final do século XIX, quando negros norte-americanos descendentes de escravos criaram o ragtime - mistura de música primitiva, hinos religiosos, marchas militares e até um pouco da estrutura rítmica de ritmos europeus, como a valsa. O jazz nasceria desta fusão de estilos e começaria a ser difundido com as primeiras orquestras de rua criadas em cidades como Nova Orleans, Memphis e Saint Louis. No início do século seguinte, a procura por trabalho levaria estas orquestras a outras grandes cidades e aos salões de bailes dos hotéis.  

Era o embrião das big-bands - usinas sonoras dançantes formadas por trompetes, trombones, saxofones e uma clarineta, piano, contrabaixo, guitarra, bateria, além de um crooner. 


Em meados dos anos 20, as grandes orquestras já eram uma tradição. Mas foi na década seguinte que elas se popularizaram definitivamente - resultado de interesse de músicos e arranjadores brancos por um tipo de som criado pelos negros (chamado Jitteburg), na época bastante popular nos bairros crioulos de Nova Iorque. O swing nasceu daí e explodiria em todo o mundo depois do início da Segunda Grande Guerra.

O som das big-bands era a música oficial dos soldados no front, a felicidade nos momentos de pausa entre um combate e outro, o ritmo da saudade dos que ficaram, a inspiração para os adolescentes, a trilha-sonora dos namorados. Hollywood logo percebeu o potencial do gênero, que não tardou a aparecer em 90% dos filmes produzidos na época. 

A explosão das big-bands logo formaria uma geração de estrelas no mundo da música. Nomes como o compositor, arranjador e intérprete Duke Ellington, talvez a maior unanimidade surgida até hoje no mundo do jazz. Outra foi Frank Sinatra, que iniciou carreira solo depois de ser crooner em duas famosas big-bands americanas.


Estrelas como Carmem Miranda e Bing Crosby não tardaram a aparecer nas telas ao lado das big-bands. Quando às grandes orquestras se juntavam nomes de astros consagrados, como Billie Holliday, Ella Fitzgerald e as Andrew Sisters, o resultado eram milhões de discos vendidos. No auge do sucesso, poucos eram tão estrelas quanto os band-leaders, que lideravam as orquestras. Instrumentistas como Benny Goodman, Tommy Dorsey, Artie Shaw e Harry James eram verdadeiras celebridades. Entre eles o maior foi, sem dúvida, Glenn Miller. Seu sucesso era tamanho que o governo americano se recusou a alistá-lo durante a guerra - preferiu enviá-lo com toda sua orquestra para o front, para divertir os soldados. A fama de Miller cresceu tanto que historiadores apontam seu desaparecimento (num avião que sumiu rumo a Paris, em 1944) como o fim da era de ouro das big-bands." 


Como se vê, a história das big bands é muito rica e está escrita em vários livros. E para que você conheça ou ouça novamente o som dessas incríveis orquestras, a pedida é esse CD "A String of Pearls", que faz parte de uma ótima coleção chamada "Jazzterdays". Ali estão as principais orquestras que fizeram a fama nos EUA e no mundo durante cerca de 40 anos, com alguns de seus principais sucessos. São elas: "Artie Shaw & His Orchestra"; "Glen Miller & His Orchestra"; Tommy Dorsey & His Orchestra"; Les Brown & His Orchestra"; Harry James & His Orchestra"; Count Basie & His Orchestra"; Claude Thornhill & His Orchestra"; Charlie Spivak & His Orchestra; Stan Keaton & His Orchestra"; Benny Goodman & His Orchestra; The Chick Webb Orchestra & Ella Fitzgerald; Duke Ellington & His Orchestra; Jimmy Dorsey & His Orchestra; Andy Kirk & His Twelve Clouds of Joy; Jimmie Lunceford & His Harlen Express"; Erskine Hawkins & His Orchestra.  


O CD que tenho foi editado pela JTD, de Portugal, é importado, mas está à venda nos bons sites do ramo. Há várias músicas das orquestras citadas no YouTube, mas esse CD não encontrei para ser ouvido na íntegra. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Pro Zé Geraldo

 Por Ronaldo Faria

Um dia deixarei de ser um zé ninguém à beira de uma praça para ser o pombo. De lá, do meio do nada, voarei ligeiro para lugar qualquer. Asa batendo entre asas, a arfar cantares do cantar. A vencer metros e quilômetros, hidrômetros e versos, aboios e terras de Bizâncio. Sem ânsia de buscar a felicidade, saudade, maldade. Sem vilipêndios, compêndios, adendos e sentimentos loucos. Somente corpos transgênicos e soltos que se bastem de fato e se catem entre suores e odores, vozes e sonhares. Coisa de louco a se fazer translúcido no luar, à beira do mar. Mecânico e filho da Macedônia a comer macadâmia e se melar. Senão, um jogral qualquer a se delimitar no corpo da mulher. E brincar de brincadeira maldizente, premente, presença de algum lugar. Entre viver preso e se largar. Qualquer coisa que se desfaça a criar. No deixar de ser zé ninguém, entre a vidência da finitude e a loucura de não se ter. Nação à beira do mar, mendigo a pedir esmola no mesmo lugar. Ela lá, eu aqui, nós por lá. Sem melodrama, sem ritmo de sol, lá, si, dó e lá. No néctar derramado, sonho sofismado, insólita despedida carcomida de presente e passado. A foda, o feto, o fato. O fátuo. A inglória desventura da aventura que se faz num quarto qualquer, entre quatro paredes e um sol que vem do céu, seja ele cinza ou azul, na rua ou no bordel. Se assim não for, que não seja. Nem tudo é o que a gente enseja. Às vezes um prato simples, uma breja. Quem sabe um brejo, um beijo, um baixo em sustenido e mi bemol. Senão, só eu e você. Piloto a dirigir um avião perdido na tempestade sem ter brevê.

sábado, 19 de novembro de 2022

Seu Jorge e Carlinhos Brown

 Por Ronaldo Faria


O som solidifica a fina forja de solfejos e apegos.
Pego a mínima réstia animal de frases e fatos, coisa seminal.
Não me resta muito a fugir ou a tecer.
Queria, agora, somente ser o Ser.
A todos é dado o direito de descer na última escada da vida.
- Frígida és tu, tuiuiú...
 
Sambar.
Âmbar de sândalos e verve.
Vida.
Coisa de veste e cântaros.
Âmago.
No meio do nada e no centro de tudo.
Pirajá. 
Um santo a baixar.
Bar próximo de ser o sonhar.
Ar.
Coisa a respirar e soltar.
Verter...
Vasto cérebro dicotômico e atômico.
Trajeto travestido de cômico.
Sônico.
Mistura de samba e canto afônico.
Creio sê-lo - e sou.
Bastardo e maldizente.
Maldigo de esferas.
Jogado às feras findas.
Infinitas no sepulcro final.
Há eternidade afinal?
Terna dúvida irreal...
Resumo.
Revista entre o único e o húmus.
Resto de terra e fezes.
Falta de esqueleto e gueto.
Fazer.
Fé e grotesco a passar.
Rever.
Ter ou vislumbrar o ser.
Reaver.
Desastre.
O ato do artista em Marte.
Mística.
Mistura de ínfimos credos.
Crer.
O ridículo real...
Vicejante, enfastiado, leniente.
Nada e tudo.
Tudo e nada.
A fada afaga e intumesce de gozo a vagina.
A angina se sobrepõe à derradeira frase…
A fase é lunar.
O sol esquenta os dias.
O suor escorre e forja o quadro. 
Quiabo...
Quase não há tempo para o porre.
Vê-se, de qualquer canto, que a água não escorre.
A sentença final.
A morte.
Sorte de quem não a tem por mote.
O Norte é tudo.
O mar amiúde.
Quisera, ao menos, ter saúde...
Que o dragão da música não mate a poesia derradeira.
De uma maneira ou outra, me farei imortal, sobremaneira.
Na madrugada, a todos é dado o direito de dizer besteira.
A asneira é o discurso de quem cabula eternidade à sua maneira.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

"Secos & Molhados": uma pequena revolução

Por Edmilson Siqueira 


Quem não era mais ou menos jovem naqueles anos de 1973 e 1974 talvez não consiga imaginar o que foi o surgimento e o sucesso do grupo "Secos & Molhados". O Brasil era bem careta, apesar de já ter passado pela explosão da Jovem Guarda, pelos festivais da Record e da Globo e, principalmente, pelo Tropicalismo. Aliás, foi esse último que abriu as portas para manifestações artísticas que fugiam de um nacionalismo arcaico que ainda pairava na cultura brasileira. A bossa nova já andava pelo mundo, quase desconhecida aqui. A Jovem Guarda era uma tentativa de fazer rock juvenil imitando conjuntos ingleses e americanos de sucesso (muitas músicas eram péssimas versões em português) e os festivais, bem os festivais expuseram uma geração com um talento gigantesco que até hoje está por aí e que teria acontecido com ou sem festivais. 


Sobrou a Tropicália que queria dizer que o Brasil poderia sim se abrir - ao contrário do que a feroz ditadura da época dizia e mandava - que bom gosto e novidades podiam andar juntos e não existiam necessariamente só por aqui.  


A ousadia do Secos & Molhados vem na esteira dessas novidades e invenções das artes brasileiras. Quatro rapazes (depois três) despiram-se de suas identidades, pintaram o rosto de maneira extravagante, se vestiram com roupas diferentes e criaram um conjunto que aliava tudo isso a uma ótima música. O primeiro disco deles estourou a ponto de, em uma semana já ser o mais vendido no eixo Rio -São Paulo que é o que valia para as gravadoras à época. A música "O Vira" (João Ricardo e Luli) uma mistura do ritmo português com baião, tocava a toda hora em todas as rádios.

O grupo, então formado por Ney Matogrosso, João Ricardo, Gerson Conrad e Marcelo Frias, assustado com o sucesso, saiu fazendo shows pelo Brasil. Eu assisti a um deles, no ginásio do Tênis Clube de Campinas. Eles entravam, cantavam todas as músicas exatamente como estavam no LP, faziam um bis de "O Vira" e, cerca de 35 minutos depois do início, não tinham mais nada para cantar. Recebiam os aplausos e de despediam. E a plateia delirava. Uma plateia que estava um tanto quanto alheia à música mais engajada politicamente que ainda se cantava por aí, oriunda dos festivais. E também não suportava o que havia restado da Jovem Guarda. Chico, Gil, Caetano e Milton, por seus talentos que iam muito além da média, continuavam na tal crista da onda. Mas havia um público enorme ávido por novidades boas como o Secos & Molhados. 


O segundo disco veio no ano seguinte, 1974 e, quando ele foi lançado, o grupo já estava separado. E sem Ney Matogrosso para cantar, não poderia haver outro grupo com o mesmo nome. Mas o repertório do segundo disco, também com 13 músicas, é tão bom - e há quem julgue até melhor - quanto o primeiro. João Ricardo e Gerson Conrad bem que tentaram, mas não conseguiram repetir o sucesso e acabaram se perdendo por aí.

 

Já Ney Matogrosso virou o que virou: um dos melhores intérpretes da MPB até hoje, aos 80 anos, fazendo shows e demonstrando ótima vitalidade. Sua ousadia, sua ambiguidade sexual, suas fantasias, sua ótima escolha de repertório e seus shows tecnicamente irrepreensíveis fizeram dele um grande artista que sempre será lembrado muito mais pelo que foi depois do furacão "Secos & Molhados". 


E para quem quiser conhecer o que foi esse furacão, a Continental/EastWest lançou, em 1999, um CD que reúne os dois LPs do grupo, numa série chamada "Dois Momentos". Ali está toda a obra dos "Secos & Molhados", tal qual foi gravada originalmente, "remixados diretamente das fitas originais por Charles Gavin (Titãs)" como diz um destaque na capa do CD.   

Dá para ouvir o CD completo em https://immub.org/album/serie-dois-momentos-apresenta-secos-molhados e ele ainda está à venda nos bons sites do ramo. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Tom Jobim ou a primeira depois dos 55

 Por Ronaldo Faria

Tom em tons de amarelo que se perdem pelo céu azul e invadem o escuro da redação em caixote branco. Tom de um Jobim carioca que se esgueira em cada nota acústica e reverbera no silêncio calado de ideias em profusão meteórica. No meio de tudo, a metamorfose em que nos transformamos de criadores em simples criaturas. Pequenas máquinas a pararem no tempo que corre lá fora num eufemismo lúdico. A poesia fica estática e fora de questão. Nas entrelinhas, saudade da vida, da areia quente, das ondas, do mais grato e incrédulo coração.

Do tempo de subúrbio entre as ruas do Méier e a métrica divisória de bairros entre as zonas Norte e Sul. Entre o cinza e o azul. Do tempo de ladeiras, eiras e beiras a beirarem os berros dados na noite, açoites de um corpo no outro, línguas entrecortadas de lábios, afagos ofegantes num Opala que corre no escuro de avenidas e vidas retintas de fim.

Tempo do Tom, de cubas libres e gins com tônica. E Cuba não era tão livre e nem o gim se fazia a tônica da cena. Para ambos, cacofonia de palavras repetidas e ditas, ceifadas de separações e dores latentes, odores de creolina no ar e telefonemas inauditos a tocar. Tudo com verso ou nota ao piano. Como gelo que derrete no copo e, translúcido, viaja ao cérebro para a brincadeira de mais Luizas e Marias, Gabrielas e Anas, curvas em carne e portos de pele. Lá fora, a aurora de uma Primavera se desfaz devagar. No céu, o Sol se prepara para vagar entre a escuridão e o desejo de ser apenas ensejo numa cama qualquer.

Afora o mundo, o aforismo repetitivo se deixa de luz e negror. A eterna transição entre o olhar disperso e a pressa da noite chegar. Num canto qualquer, homem e mulher se preparam para amar. Vestem-se de nudez e dão ao outro corpo algo muito além da cópula final. Haverá festa de copos, suores a escorrerem numa só gota, canções a saírem de um canto qualquer como canto único e uníssono a embalar a dança de dois em um.

Daqui, a ouvir Tom entoar versos e notas, anoto apenas que lá fora há vida a seguir sua transitória existência que roda no eixo mágico. Aqui, a criação que a nada leva e remói saudades e sons, gatos pardos numa lagoa de São Sebastião do Rio de Janeiro. E o tempo, onde há vida a fluir, fora deste caixote, passa único e igual, multiforme e desigual, passageiro e causal. E a dor no piano esbarra em cada tecla a esperar o tom derradeiro chegar. Lá, muito longe, ainda há o cheiro, o gosto e até a quentura de um mar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Os blues de Jonh Coltrane

Por Edmilson Siqueira 

Que John Coltrane é um dos gênios do jazz, disso não resta dúvida nenhuma. Boa parte da crítica o considera o maior sax tenor da história do jazz e um dos mais importantes jazzistas e compositores deste gênero de todos os tempos. Uma longa vida seria necessária para a maioria dos mortais chegar, digamos, próximo a esse patamar, mas para Coltrane bastaram 41 anos incompletos de vida, pois ele nasceu em 23 de setembro de 1926 e morreu em 17 de julho de 1967.  


Tenho vários discos de Coltrane e nem sei do qual gosto mais. Talvez seja "Coltrane For Lovers", uma compilação de baladas que se tornaram clássicas ao sopro do gênio. O CD saiu por aqui, mas o que tenho foi comprado em Londres, na única vez que estive por lá, em 2001. E comprei na Tower Records que, alguns anos depois, deixou de existir.  


Mas não é esse o disco que estou ouvindo e tema do artigo de hoje. É outra seleção, ou seja, um apanhado de músicas de outros discos que, por algum motivo, podem ser reunidas num só.  


Nesse caso são alguns dos blues que ele gravou entre 1957 e 1958. Diz o encarte que ele começou a carreira tocando blues e para eles voltava constantemente. Nos intervalos, aproveitava para compor clássicos do jazz, influenciar uma geração inteira e revolucionar a música instrumental.   

São apenas seis faixas, mas é uma aula não apenas de blues, mas do jazz mais puro e inovador daquela época e que, até hoje, agrada aos mais exigentes ouvidos.  

Com vários grupos diferentes, as gravações têm ainda uma raridade: numa das faixas Coltrane toca sax alto, que foi seu primeiro instrumento. Em todas as outras ele está com o tenor que o consagrou.  


A primeira faixa é "Slowtrane", do próprio John Coltrane acompanhado apenas de contrabaixo e bateria. Ou seja, toda a parte melódica, nos mais de sete minutos da música, cabe exclusivamente a Coltrane, com um belo improviso do baixo. 


A segunda também é dele, que gostava de usar corruptelas do seu sobrenome nas composições. Trata-se de "Traneing In", que já tem o acréscimo do piano de Arthur Taylor. Apesar de ter mais de 12 minutos, a faixa e apenas a terceira em tamanho na seleção. Depois de um solo de piano de quase 4 minutos, é que entra o sax de Coltrane. 


Um blues clássico de Charlie Parker - "Billie's Bounce" - é a terceira faixa. Aqui já há o acréscimo do trompete de David Bird e a faixa foi extraída do disco "Red Garland Quintet With Coltrane/Dig It!" 


"The Real McCoy", de Matt Waldron vem a seguir. É a faixa em que Coltrane toca sax alto, acompanhado de flauta, de um sax tenor e de um sax barítono, além de piano, baixo e bateria. Detalhe para o belo solo da flauta de Jerome Richardson. 


A quinta faixa é "Big Paul", de Tommy Flamagan, com o grupo voltando à formação de quinteto, com sax, piano, guitarra, baixo e bateria. Um solo incisivo de Coltrane marca faixa.  

A seleção se completa com "Sweet Sapphire Blues" de Robert Weinstock. Da formação anterior, sai a guitarra para entrar o trompete. A faixa, a mais longa do disco, com mais de 18 minutos, também se inicia com um longo solo de piano e Coltrane só dá as caras perto do sexto minuto. E entra com algo semelhante ao be bop do qual foi um dos criadores. Mas é muito bom também.  

O CD está à venda nos bons sites do ramo e eu não encontrei no YouTube para ouvir. 

Presságio natalino

 Por Ronaldo Faria O Natal corre brejeiro e cheio de cheiros, madrigal. Se esconde nas cercanias de casarios perdidos no tempo ao vento qu...