Por Ronaldo Faria
-- Ele não é muito seguro no
que diz ou faz. Carnívoro, vegano, depois de novo carnívoro voraz. Ou seja, Humberto
é aquilo que no momento o satisfaz!
-- E não é isso que é bom? Como diz o poeta, uma metamorfose ambulante. E ululante!
-- Pode ser, desde que para o Flamengo não deixe de torcer...
-- Ô português dos Açores, cure nossas dores. Desce mais!
Na velha máquina de fichas a tocar CDs, um chorinho diz que nada é maior do que o amor por você.
-- Tem dó, quem pode dizer algo assim?
-- Talvez alguém que acredita em destino e peleja para que tudo vire certeza um dia.
-- Esse é um tonto. Vai morrer que nem veio ao mundo: cheio de brotoeja!
Na tevê que está pendurada detrás do balcão, o rubro-negro leva uma sova do Fogão.
-- Mas aí já é merda demais para essa noite!
-- Calma, como disse a freira da catedral toscana, nem sempre se ganha!
-- Caguei pra trocadilhos. E se quiser um: pau no cu dos seus fundilhos!
E aí, no logo mais perspicaz que a prosopopeia faz quimera de poeta loquaz, o empregado pregado na cozinha grita que vai apagar o fogão.
-- Até você, Paraíba? Vai tirar sarro tomando formicida!
-- Calma, mano. Foi só uma derrota. Na próxima a gente faz samba dessa nota.
-- Quer saber, talvez você tenha acertado a canção. Vamos voltar a falar do Humberto, aquele vacilão. Foi no churrasco, com as carnes contadas porque ele só comia folha picotada, e devorou metade da churrasqueira. Ou seja, neguinho que ajudou na vaquinha ficou pistola com razão.
-- É. Mas ainda bem que ele voltou pro grupo. Achei que se ele continuasse igual ia encontrá-lo plantado num vaso a dividir espaço com vidro de colorau.
-- Já pensou ele servido como salada?
-- Ia fazer vomitar até a Salete, nossa fada.
Da caixa registradora, Adamastor se relata: “Moçada, a festa acabou! Amanhã tenho que ir logo cedo na Ceasa!”
-- Pelo menos sai a última?
Com a presteza de quem tem pressa para fechar ela logo chegou.
-- Agora, só de sacanagem, vamos enrolar pra tomar e pagar...
-- Melhor não, amanhã vamos ter de acabar voltando pra cá.
-- É justo. Afinal, vai que ele diz que a cerva está no final...
-- Ou nos serve só garrafa quente...
Indulgente, o tempo finda ao seu casual. No The End, os letreiros mostram que o técnico pediu desculpas pelo vexame e disse que foi tudo circunstancial. No próximo mês, milhares de caixas de Brahma ou Eisenbahn cairão na sua conta feito cifrão.
-- E não é isso que é bom? Como diz o poeta, uma metamorfose ambulante. E ululante!
-- Pode ser, desde que para o Flamengo não deixe de torcer...
-- Ô português dos Açores, cure nossas dores. Desce mais!
Na velha máquina de fichas a tocar CDs, um chorinho diz que nada é maior do que o amor por você.
-- Tem dó, quem pode dizer algo assim?
-- Talvez alguém que acredita em destino e peleja para que tudo vire certeza um dia.
-- Esse é um tonto. Vai morrer que nem veio ao mundo: cheio de brotoeja!
Na tevê que está pendurada detrás do balcão, o rubro-negro leva uma sova do Fogão.
-- Mas aí já é merda demais para essa noite!
-- Calma, como disse a freira da catedral toscana, nem sempre se ganha!
-- Caguei pra trocadilhos. E se quiser um: pau no cu dos seus fundilhos!
E aí, no logo mais perspicaz que a prosopopeia faz quimera de poeta loquaz, o empregado pregado na cozinha grita que vai apagar o fogão.
-- Até você, Paraíba? Vai tirar sarro tomando formicida!
-- Calma, mano. Foi só uma derrota. Na próxima a gente faz samba dessa nota.
-- Quer saber, talvez você tenha acertado a canção. Vamos voltar a falar do Humberto, aquele vacilão. Foi no churrasco, com as carnes contadas porque ele só comia folha picotada, e devorou metade da churrasqueira. Ou seja, neguinho que ajudou na vaquinha ficou pistola com razão.
-- É. Mas ainda bem que ele voltou pro grupo. Achei que se ele continuasse igual ia encontrá-lo plantado num vaso a dividir espaço com vidro de colorau.
-- Já pensou ele servido como salada?
-- Ia fazer vomitar até a Salete, nossa fada.
Da caixa registradora, Adamastor se relata: “Moçada, a festa acabou! Amanhã tenho que ir logo cedo na Ceasa!”
-- Pelo menos sai a última?
Com a presteza de quem tem pressa para fechar ela logo chegou.
-- Agora, só de sacanagem, vamos enrolar pra tomar e pagar...
-- Melhor não, amanhã vamos ter de acabar voltando pra cá.
-- É justo. Afinal, vai que ele diz que a cerva está no final...
-- Ou nos serve só garrafa quente...
Indulgente, o tempo finda ao seu casual. No The End, os letreiros mostram que o técnico pediu desculpas pelo vexame e disse que foi tudo circunstancial. No próximo mês, milhares de caixas de Brahma ou Eisenbahn cairão na sua conta feito cifrão.