terça-feira, 8 de abril de 2025

O Cair da Tarde de Ney Matogrosso

 Por Edmilson Siqueira*

 
Lançado em 1997, "O Cair da Tarde" é o décimo sexto álbum solo de Ney Matogrosso, um dos artistas mais versáteis e inovadores da música brasileira. Praticamente o único sobrevivente de um grupo que explodiu no Brasil na década de 1970, o Secos & Molhados, Ney construiu sólida carreira como intérprete, criando grandes sucessos e até hoje lotando casas de shows pelo Brasil afora. 
Neste disco, Ney presta homenagem a dois ícones da música brasileira: Heitor Villa-Lobos e Tom Jobim, interpretando composições desses mestres com a participação especial do grupo instrumental Uakti. Esse grupo, por sinal, é também inovador e talentoso: produz um som único e muito bonito a partir de instrumentos que eles próprios constroem e tem agenda repleta de shows no Brasil e no exterior. E pra ficar melhor ainda, o Uakti não está só: há um grupo de instrumentistas, digamos, convencionais em todas as faixas.
O "Cair da Tarde" é composto por 14 faixas que exploram a riqueza da música brasileira, combinando elementos eruditos e populares. Entre as canções, destacam-se interpretações de obras de Villa-Lobos, como "Melodia Sentimental" e "O Trenzinho do Caipira", além de "Águas de Março", esse só instrumental com o Uakti.


 
A faixa-título, "Cair da Tarde", que abre o disco, é uma composição de Villa-Lobos que captura a serenidade e a beleza do entardecer na floresta amazônica. A letra poética, de Dora Vasconcellos, e a melodia envolvente refletem a profunda conexão do compositor com a natureza brasileira. 
O disco, como um todo, é uma demonstração cabal da capacidade de Ney Matogrosso de transitar entre diferentes gêneros musicais e de reinterpretar clássicos da música brasileira com originalidade e sensibilidade.  
A surpreendente e sensacional colaboração com o Uakti adiciona uma dimensão única ao álbum, incorporando instrumentos não convencionais e sonoridades experimentais que complementam a voz distinta de Ney Matogrosso. Essa parceria resulta em arranjos inovadores que respeitam as composições originais, ao mesmo tempo em que oferecem uma nova perspectiva sobre elas.
Depois de "Cair da Tarde", o disco prossegue com as seguintes músicas:
- Modinha (Jobim e Vinicius)
- Veleiros (Villa-Lobos e Dora Vasconcellos)
- Tema de Amor de Grabriela (Jobim)
- Modinha (Serestas) (Villa-Lobos)
- Sem Você (Jobim e Vinicius)
- Melodia Sentimental (Villa-Lobos e Dora Vasconcellos)
- Canção em Modo Menor (Jobim e Vinicius)
- Prelúdio Nº 3 (Villa-Lobos e Hermínio Bello de Carvalho)
- Caicó (Tema folclórico)
- Cirandas: Se Essa Rua Fosse Minha, Terezinha de Jesus, Condessa, O Cravo Brigou com a Rosa (instrumental), A Maré Encheu e Passa Passa Gavião (instrumental)
- Trenzinho Caipira (Villa-Lobos com poema de Ferreira Gullar)
- Águas de Março (Jobim) 
- Pato Preto (Jobim)


 
Além do YouTube (https://www.youtube.com/playlist?list=PLrt7VbxNS8reSAh22GM5vP59kho3mcB--), o álbum está disponível em plataformas de streaming como Spotify e Apple Music. E também para compra nos bons sites do ramo.
 
*A pesquisa para este artigo foi auxiliada pela IA do ChatGPT.

Com os Paralamas do Sucesso e a porra de uns óculos que não dão pra ver a tela direito

 Por Ronaldo Faria Óculos trocado porque o outro estava embaçado. Na caça da catraca de continuar a viver ou da contradança do crer vai ag...