quarta-feira, 23 de abril de 2025

Perguntinhas tacanhas e tontas

 Por Ronaldo Faria


A trágica realidade do derradeiro pulsar? A sentença da perfídia que qualquer clamídia traz? A incerteza trágica do vangloriar por nada conquistar? E a pipoca do colégio na Tijuca, como comprar sem ter grana, saber-se-á qual seja ela? E tem o pirulito do Zorro, a bala assassina Soft, o chocolate comprado antes de pagar o barbeiro e quase levar a sova única que era, talvez, melhor do que o olhar severo. Mas e a parede que se abriu para nos levar no berço do quarto do casal casual? Foi sonho? Se o tivesse sido, por que permanece vivo até hoje? Saber-se-á. Saberemos um dia, no acolá. Agora, prestes a lembrar que apertei a mão de Luís Carlos Prestes no auditório da PUC, formato da formatura sem fotos ou gramaturas. Se muito a brisa no apartamento de Ipanema em meio a entremeios fugazes. Depois, cada um com seu cada qual infame ou não como inhame que brota do chão. Assim, por fim, de saudades e efemérides casuísticas e cáusticas, vivamos cantigas de paz.  Afinal, que tempo diferente era esse há quase 70 anos? Pra nós, quase 50. Com certeza um tempo de cartas demoradas, talvez um telegrama fugaz, um telefonema de fichas às dezenas a pingar no aparelho maldito, a incerteza célere de momentos felizes, como diria o poeta maior, no penar. E como saberíamos que agora viajamos pelo universo do verso em devaneios bêbados sem destilados tragados? Tempo, senhor da vida, nos traga o trago ensandecido que, como diz a música, já sabemos que descolorirá...

Com os Paralamas do Sucesso e a porra de uns óculos que não dão pra ver a tela direito

 Por Ronaldo Faria Óculos trocado porque o outro estava embaçado. Na caça da catraca de continuar a viver ou da contradança do crer vai ag...