segunda-feira, 21 de abril de 2025

À Rita eterna Lee e tantos mais

 Por Ronaldo Faria


-- Se a Rita Lee estivesse aqui, o que ela faria?
-- Ronaldo, isso é pergunta a se fazer?
Porra, surge Toquinho a tocar.
-- E se Vinicius de Moraes estivesse vivo?
-- Aí seria o paraíso em Terra!
-- E se Adoniran estivesse aqui?
-- Nesse caso seria sacanagem para virar eternidade de bar.
 
Num canto qualquer, a presença constante da mulher amada, forma da fórmula que o receituário do farmacêutico terapêutico não traduz em luz. Aquela dos lábios mordidos, ardidos, lambidos, traduzidos em coqueirais desvanecidos à negação de uma dancinha de Vanderléa. Compêndio urdido em separações forjadas e unções promulgadas e devastadas faça-se na alforria da vida os grilhões que é se viver. Por um triz a cada respirar fortuito e quem sabe último, o importante, como diz o porteiro de café matinal, é acordar. E quiçá, ser feliz.
 
-- E se o Toquinho não tivesse pisado na bola?
-- Mas qual bola? Tudo no fim não vira a mesma merda?
-- Infelizmente. Parece que sim...
-- Então é o passado que conta?
-- Parece que sim.
 
Daqui, enfornado num canto quadrilátero, o poeta, profético, profilático e hermético, vai a crer que num asilo nascido na nascença, como disse Cazuza, tudo se resolverá enfim.

Com os Paralamas do Sucesso e a porra de uns óculos que não dão pra ver a tela direito

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