terça-feira, 13 de setembro de 2022

Uma sonora "Gargalhada"

Por Edmilson Siqueira 

Em 2001 o clarinetista (e saxofonista também) Paulo Sérgio Santos lançou um disco chamado "Gargalhada", que é nome de um choro de Pixinguinha e é a décima-segunda faixa do CD. 


Pra quem não sabe, Paulo Sérgio Santos é um músico mais que renomado e talentoso. Para se ter uma ideia mais precisa do talento do moço, que nasceu em 1958, aos 17 anos ele entrou para o Quinteto Villa-Lobos e, no mesmo ano passou a integrar a Orquestra Sinfônica da Universidade Gama Filho, sob a regência de Isaac Karabtchewsky. E aos dezoito anos passou a ser o primeiro clarinetista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. 


Na música popular ele entrou mais cedo ainda, pois desde os quatro anos já solava numa harmônica que seu pai lhe havia dado. E conheceu muitos chorões no Rio, onde seu gosto pela MPB se solidificou. 


Paulo Sérgio Santos gravou muita coisa, tanto música clássica quanto popular, com outros grupos e com o próprio, mas aqui hoje o assunto é o disco anunciado lá no começo, o "Gargalhada". Sobre essa gravação, o artista declarou: "Em 2001 gravei o meu segundo CD solo pela gravadora Kuarup: o 'Gargalhada'. Basicamente, este CD foi gravado com as participações de Caio Márcio (meu filho) no violão e Bolão, na bateria e percussão. Conquistei os mais importantes prêmios que foram o Caras e o Rival, na categoria de melhor solista, neste ano de 2001. Este trabalho já continha algumas músicas de minha autoria como o 'Homenagem ao Abel', 'Samba Chorado' e 'Choro Sambado'." 

Além doas três composições próprias que ele citou, , o disco tem Maurício Carrilho e João Lyra ("Alumiando", que é a primeira faixa), Hermeto Paschoal ("Bebê"), Anacleto de Medeiros ("Três Estrelinhas"), Chiquinha Gonzaga ("Angá"), Guinga ("Nítido e Obscuro", "Caiu do Céu" e "Caniobaile") e Pixinguinha ("Cuidado Colega", "Gargalhada" e "Choro de Gafieira").  


Como se vê, é uma turma das mais notórias em ternos de qualidade e talento. Paulo Sérgio Santos não deixa por menos e dá a todas as músicas o tratamento soberano que merecem. Caio Márcio, no violão e Oscar Bolão na percussão, tratam de dar a base necessária e que parece (mas não é) simples para que a clarineta de Paulo Sérgio Santos impere em solos e improvisos cheio de prazer para nossos ouvidos. 


O disco pode ser ouvido na íntegra no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=PJMv1zvye8Q&list=OLAK5uy_kLqLcmCC80Q5ww6oUR-s00voVo38Hu4Xk e também pode ser comprado nos bons sites do ramo. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

A Jean Baptiste Frederic Isidor, Barão (Toots) Thielemans

 Por Ronaldo Faria

Ouça o som da harmônica e se embriague de tempos e têmporas. De forma atemporal, lembre-se que há Sonrisal. E óleo de rícino ou de bacalhau. Um prédio minúsculo e tosco perdido e fosco num lembrar qualquer. Para o que der e vier.

Escute e ausculte o coração ainda jovem e púbere de quem terá muito a ver e rever. Verseje um dia sim e outro também. Quem sabe, serás ouvido por alguém. Do lado tem uma quitanda, um barbeiro, uma praça de pródigos pranteios.

Saiba sentir o que estiver por vir. Como prólogos de um ator perdido em cena e que acena ao público que não há. Talvez, em revés, um padre vestido de negro te abençoe a crer. Aos batuques do atabaque, não se atordoe. Tempo ainda haverá.

Quando a parede se abrir com seres a te engolirem, chore alto. Acorde o mundo. Alguém virá te salvar. No derradeiro arfar, dirá que você é seu amigo. Talvez o seja. E inexistam laços de afeto, de amor, de família, de fugacidade e feto.

Se nada tiver a dizer, repita: “Pau no cu do angu!” Não tem lógica, mas deixe que o ilógico seja maior que o trágico. Logo mais ninguém te ouvirá para sempre e seja aquilo que puder ser agora, em semente. Leniente, vire ágora e inconsciente.

Por isso, livre-se do metal na boca, da lucidez à bancarrota, da incerteza que só a presteza dos anos te dá. Viva ainda muito, mas não deixe morrer o tesão. Sem ele, já dizia o poeta, não há solução. Faça-se, pois, a ação e reação.

Assim, ao som da harmônica, sintética e afônica, deixe o passado te consumir e sumir. Que te cubra de prazeres que cheiram a creolina, barulhos de enceradeira, momentos sem eira e nem beira. Todos serão meros e incrédulos portais.

Queime ao sol que bate no sofá de plástico nas tardes de uma Sepetiba que nem o dicionário do escrever quer ver. Vá e volte em lotações quentes, carros de rabo de peixe ou de boi. Deixe-se aboiar em saudades e veleidades milhares e mil.

Viaje em trens inexistentes. Como voyeur, sente na janela. Não feche os olhos porque muitas coisas passarão tão rápido que você nem vai ver. Contudo, nesse mundo redondo e rotundo, um dia elas irão voltar. Dê o sinal e pare na gare.

Se engalfinhe consigo mesmo. Transfigure a foto amiúde. Ache o que tiver de ser. Um copo vazio, saiba, terá muito ainda o que encher. Na imensidão do nada, o nadar se faz requisito primeiro e derradeiro para poder se sobreviver.

Saiba que saudades virão. Somos, em verdade, um poço eterno de saudades. Dos cheiros, dos olhares, alhures dos toques. Dos sons que vêm aos ouvidos e morrem no coração. Dos toques, dos suores, do que se foi mas ficará para sempre em fim.

Rememore sempre, mesmo que o rememorar maior esteja ausente. Só isso te fará gente. Descreia, por fim, de que o inusitado é um som de Chet Baker, um baque na certeza de que toda a felicidade tem fim. No vagão da vida, me entrego a ti em mim.

sábado, 10 de setembro de 2022

João de Barro

 Por Ronaldo Faria

Canções de lírios e antúrios, augúrios e sofreguidão. Um pássaro aqui e outro acolá. Tico-Tico e João de Barro daqui e pouco de arco-íris dali e lá. Nas pernoitadas dos sons, pernas a se desvencilharem entre lençóis e devassidão. Talvez uma lua a morrer no céu, um desdém de gregos e troianos, canções desavisadas e etéreas a viajarem feito nuvens castigadas de paixão. Um cansaço medianeiro, desses de deitar na rede e se largar a ver e rever o inusitado tragado de marés e viés. Para onde tiver que ir, vá na fé. Quem sabe um marejar de olhos, abrolhos e escaravelhos. Um iluminar de olhares proscritos, gritos loucos e aflitos, Tordesilhas sem assinatura embaixo, canções na ilusão de chegar. Logo mais virá o derrear. Os olhos cegos ao sol, a solitária realidade do nada. Sem sensações, emoções, ilusões. Um inaudito e imperfeito defeito cravado no peito. Afeito a si mesmo. Deixado ao tempo, a esmo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Beatle Jazz, um pedaço da maçã

Por Edmilson Siqueira 

Quem é mais apreciador de um jazz e não curte muito a música dos Beatles (o que é raro) tem uma boa chance de juntar os dois com dois discos lançados pela Zebra Acoustic Records. O primeiro se chama "Beatle Jazz, A Bit Of The Apple" e o segundo "Beatle Jazz, Another Bit Of The Apple". Lançados em 2000 e 2001, são vinte músicas dos Fab Four ao som de piano, contrabaixo e bateria, com os andamentos todos se adaptando à batida jazzísticas, umas mais outras menos, mas sempre suaves. Dave Kikoski (piano), Charles Tambrought (baixo) e Brian Melvin (bateria) se incumbem de dar nova roupagem aos sucessos que frequentaram e ainda frequentam ouvidos, corações e mentes do mundo todo.  


O primeiro disco abre com "Junk" de Paul McCartney, música feita quando os Beatles ainda estavam juntos, mas que só foi gravada em 1970, no primeiro álbum solo de Paul. O megassucesso de John Lennon, "Come Together" vem a seguir. "It's Only Love" é a terceira faixa do disco, uma música que, apesar da assinatura Lennon/McCartney não fez grande sucesso. "Love", a quarta música é outra garimpada na produção de John pós-Beatle. Foi a música título de um dos seus álbuns solo.  

Outra de John, embora creditada também a Paul, como sempre aconteceu enquanto durou o grupo, vem a seguir. Trata-se de "If I Fell", que fez parte da trilha sonora do primeiro filme dos Beatles - "A Hard Day's Night" - que no Brasil recebeu o título de "Os Reis do ".  


A sexta faixa é uma música icônica, que surpreendeu o mundo ao ser lançada num compacto simples, cujo lado A era "Yelow Submarine". Trata-se de "Eleanor Rigby", de Paul, cuja gravação foi acompanhada por um quarteto de cordas, algo inédito em se tratando de uma banda de rock. Mas a beleza da melodia e os mistérios da letra fizeram da música um sucesso imediato em todo o mundo, com dezenas de gravações e vários prêmios. 


"I'm the Walrus", que vem a seguir, foi feita por John e contém a famosa frase "I'm the egg man", que levou alguns críticos a pensar que John se referia a um ser primordial. A verdade, revelada numa biografia dos Beatles, é que John andou fazendo umas farras com umas garotas numa das excursões do grupo e se lambuzando de ovos durante uma sessão de sexo. Dali surgiu o "egg man".  


"Within You/Without You", de George Harrison e "Mother Nature's Son", assinada pela dupla, completam o primeiro álbum desse Beatle Jazz.  


Vale dizer que todas as músicas são tocadas como se jazz fossem, com longos arranjos e ótimos improvisos, tudo muito bem construído.  


O segundo disco, que é tão bom quanto o primeiro, será comentado oportunamente. Por enquanto, fiquem com esse, que ainda é vendido nos bons sites do ramo e muitas das gravações podem ser encontradas nos sites de música da internet. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Ao som de Jorge Vercillo

 Por Ronaldo Faria

Sobe a escada que vai dar na quimera. Logo ali, uma esfera esconde a fera em si. Um pedaço de mulher, um triz à entrega do amor da meretriz. Uma ensandecida descoberta liquefeita numa fonte sem água. Uma fronte que já não há. Talvez um batuque intrínseco e seco no mundo em descalabro e guardado no primeiro fim. Na fundição que difunde amores e corpos, cópulas e ossos, a onisciência funde degraus a mil graus que a mente grassa aos muros de Berlim. Pródigos serão os amores senis. Talvez uma alquimia que nem o Himalaia mais alto terá. A vertiginosa e pródiga verdade que a indômita vida, quiçá ávida, não dá ou faz.

Sobre a escada, na mais deslavada e cândida unção de uma fada, a fatídica chegada. A enegrecida saudade de tempos floridos e aflitos por não ser. Um enlouquecido e esquecido sexo que à Via Láctea orbita sem se perder. Aflita, a demência da solidão pede passagem para depois da fita. À frente, incestuosa e carnívora, a falácia se embriaga no avesso da dor. Onde um louco com camisa de força se esforça para dar adeus. Ele, porém, não crê em Deus. Cercado de tantos outros ensandecidos é só mais um pedaço carcomido. Acima, um sol chama o dia de meu bem. O que ainda tiver de vir será pedaço de algo e outro tanto de mero além no por vir.

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Um disco chamado Gandaiá Brasilusões

Por Edmilson Siqueira 

Durante um bom tempo, a cidade de Campinas atraiu grande número de músicos, quer para tocar na Orquestra Sinfônica que, nos tempos do maestro Benito Juarez ganhou fama nacional, quer pelo curso de Música da Unicamp, um dos melhores do país. Ali, além dos professores que acabaram se infiltrando na cena campineira, mas também por muitos alunos que começaram a ganhar a vida como músicos nos bares e casas noturnas da cidade. E todos com grande qualidade.  

  

Um desses músicos é Marcelo Falleiros músicos que lançou um CD naqueles "anos dourados" da cidade. Tratava-se de um jovem e talentoso (o talento ainda existe, claro) violonista que se arriscava também no campo da composição. E sua arte se enquadrava perfeitamente no quesito qualidade que o público campineiro exigia da música ao vivo dos bares. Só que no disco seu talento ultrapassa – e muito – o banquinho e o violão do boteco. À época ele se apresentava no Deck Sousas, fazendo estripulias ao violão, junto com seu amigo e grande clarinete Anderson Alves. 

 

O CD tem um gosto de regionalismo e modernidade, muito do Nordeste e um pouco do Sul, aquela mistura de ritmos e harmonias que deixa gringo doido por não entender como cabe tanta diversidade na cabeça de um só povo.  

  

O nome do trabalho é Gandaiá Brasilusões e não fica devendo nada a qualquer bom lançamento que a MPB tenha registrado esse ano. O repertório, dividido entre o próprio Marcelo e Luiz Canoas (as composições são de um ou de outro e uma delas é dos dois juntos) é formado por 13 músicas. No CD Marcelo toca violão, guitarra, guitarra baiana, cavaquinho, viola caipira e canta. Seu parceiro Luiz canta também em 6 faixas, além de tocar trombone e congas.  

  

Enfim, um CD independente que eu nem sei onde estão vendendo se é que ainda está à venda. Mas se você encontrar por aí, não titubeie: estará levando para casa quase uma hora de música popular brasileira da mais alta qualidade. 

terça-feira, 6 de setembro de 2022

A ouvir Billie Holiday

 Por Ronaldo Faria

Vem cá e dança comigo. Aceita essa contradança? Chega junto. Deixa eu grudar meus dedos nos teus seios. Me faz lamber cada pedaço de você. À rosa louca, me enlouquece entre cheiros, desterros e pedaços de carne. Me arrasta feito arraia numa rede que a levará a fritos e tons pastéis. Sou, tu és, seremos um mesmo nos mais decadentes bordéis. Entredentes, nos comeremos enlouquecidos e aquecidos, esquecidos de um tanto de nada e outro do destino explícito. No istmo, estaremos equidistantes e solícitos: “Sim, por favor, a senhorita me daria a honra desta dança?” A resposta de quase certa e incerta: “Com certeza, rodarei em mim feito pião e criança”.

Venha aqui e se faça travestir de coisa qualquer. Apenas mulher. E seja o que der e vier. O amor verdadeiro come-se com colher. Em cada canto do prato, raspo o tacho. Viro homem e escracho. Cadarço sem amarrar e introito de partir sem chegar ou derrear. Mistura de unha e carne. Desigual sonhar. Brincadeira de um tempo de mil suores e tosses. Na taça, o vinho escorre às hostes. Cabelos jogados ao sofá, no universo que não distingue a boa da má. A felicidade por fim far-se-á. Com um fundo de Billie Holiday, tudo fiz e me dei. Ao eterno, batucavas entre desalinhos de cabelos, manchas de amor ao lençol e um pedido: “Não acordes, seu tal Sol. A vida não há de findar."

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Um mestre do jazz

Por Edmilson Siqueira 


Joey DeFrancesco, fiquei sabendo hoje, morreu dia 25 de agosto passado. Eu o conheci através de sua interpretação do tema do filhe The Godfather (O Poderoso Chefão) que andou tocando muito na rádio TSF Jazz de Paris, uma das rádios de jazz que tenho no celular e no micro e que ouço constantemente. Depois de me apaixonar pela sua performance naquela música, pesquisei no Youtube e consegui copiar outras 40 músicas, dos mais de 30 discos que ele gravou.  

Em 2016, quando fomos a Nova York, Zezé sugeriu que no dia do meu aniversário de 65 anos, fôssemos comemorar em algum lugar que estivesse tocando jazz. Antes de viajar, procurei na internet o que havia de jazz no dia 14 de agosto daquele ano. E, para minha agradável surpresa, Joey DeFrancesco estava fazendo pequena temporada no Dizzy's Club Coca-Cola, que fica no Columbus Circle que, por merca coincidência, fica perto do hotel que havíamos reservado. Compramos os ingressos daqui de casa mesmo e fomos a pé, até o Dizzy's, no dia em que completei 65 anos, para assistir a um show do trio de Joey DeFrancesco.  


Pra quem não sabe, Joey era um organista de jazz americano, trompetista, saxofonista e cantor ocasional. Ele lançou mais de 30 álbuns em seu próprio nome e gravou extensivamente como sideman com grandes artistas de jazz. 

Foi um show memorável, acompanhado de um bom vinho e um prato de camarões, bem apimentado (até demais pro meu gosto), mas que acabou descendo bem ao som do maravilhoso órgão de Joey (ele tocou trompete também) e de Jason Brown na bateria e Dan Wilson na guitarra.  


Procurando por seus vídeos no Youtube, tive uma surpresa agradável: a apresentação daquela temporada de 2016 está todinha gravada e pode ser assistida aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ue5fG-mCQf0&list=RDue5fG-mCQf0&start_radio=1&rv=ue5fG-mCQf0&t=851


Se você ouvir o som de um contrabaixo, é Joey fazendo o instrumento com os pés, já que o órgão Hammond oferece essa opção.  

A câmera que gravou o show é fixa e, pela janela de vidro atrás do palco, se vislumbra um bom pedaço do Central Park. Em primeiro plano aparece uma mesa com duas pessoas. Zezé e eu estávamos na mesa ao lado dessa. A foto que fecha esse post foi feita por mim. Quem assistir ao vídeo do link reconhecerá o local.  


Joey morreu com 51 anos apenas, mas fez história no jazz, principalmente a bordo de seu órgão Hammond.  


"Ele dominou o instrumento e o campo como ninguém de sua geração fez." – Chicago Tribune.


"DeFrancesco é um músico profundamente competente, um mestre do ritmo e do costume de pisar nas linhas do baixo sob acordes e riffs.” - New York Times 


DeFrancesco gravou e/ou excursionou com seus próprios grupos, bem como vários artistas de renome que incluem Ray Charles, Van Morrison, Diana Krall, Nancy Wilson, George Benson, James Moody, John Scofield, Bobby Hutcherson, Miles Davis, Jimmy Cobb, John McLaughlin, Larry Coryell, David Sanborn e muitos mais. Foi quatro vezes indicado ao Grammy, com mais de 30 discos, recebeu inúmeros prêmios da Associação de Jornalistas de Jazz e outros elogios em todo o mundo, incluindo a entrada no Hall da Fama do Órgão Hammond inaugurado em 2014 e a Calçada da Fama da Philadelphia Music, em 2016, bem como liderar as enquetes dos críticos na DownBeat Magazine onze vezes nos últimos quinze anos e as enquetes dos leitores todos os anos desde 2005.  


Hoje vou deixar apenas aquele link com o show dele. Em uma hora e 14 minutos você poderá comprovar que o mundo perdeu um grande artista. 



Cavaleiro solitário

 Por Ronaldo Faria O bar está fechado. Parece há tempo. Mas Hermínio não se dá por vencido. Enquanto houver uma sede por beber, beber-se-á. ...