sexta-feira, 16 de junho de 2023

Cazuza na madruga

 Por Ronaldo Faria


Cazuza na madruga. Mandrágora que dá gargalhadas diante do nada da troca de óculos e da falta de ósculos da amada. Uma ou outra sensação na pulsão do coração. Que o assim seja e se anteveja nas vestes largadas e tragadas das ilusões que invadem corpos e mentes nos espaços e percalços que a vida dá. Que os panos da derradeira cortina do palco que impõe tragédias e comédias no teatro atávico da casa/maternidade até a sepultura/forno venda seus ingressos pregressos e futuros para a plateia ateia e crente de que cada “verdade” emergente é real ou ausente. Se for ou não, que o falsete das notas e versos se faça num aríete que destrua minaretes sem fim... ou a fuinha que tem no focinho o saber de morrer ou amar. Madrugadas, botecos, poesias e afins, um dia chegaremos ou findaremos lá.

Ps.: as melhores camas não são as hospitalares, mas as que dão paixão ao invés de drenos e as que se enrolam de corpos, peles e suores ao invés de pessoas de branco em cancros de parecer de boa para pagar as contas que irão cair.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Novos e velhos baianos

 Por Ronaldo Faria

À espera da próxima cerveja gelar, o limite entre a alegria e a amargura. A finitude e a plenitude. A vacância dos próximos dias e a dialética tardia. Haverá? Em qual diapasão? Na dialética métrica da razão ou na irracionalidade do senão? Saber-se-á. Mas, afinal, algo sabemos do próximo segundo? Será ele fecundo ou findo? Notas, acordes e um acordar sonoro ou o silêncio discrepante e infante que nos desdobra em lençóis que nos deixaram descobertos feito fetos a chegar no mundo?

A ver e ouvir Novos Baianos, antes de dupla morte em falta de sorte, vem a incerteza sincera e deletéria que não quer derrear. Desde meu passado atávico e territorial, quase um armorial, até a chegança do tanto faz ser, estar ou ficar letal. Na verdade, os da casa não sabem a joia que tem. Nos ritmos dos inexatos e nem sei, vamos caminhando em andrajos e lantejoulas, para o mesmo mundo que era de um El-Rey. No copo em cópulas com o borbulhar da cerveja, a infinita chegança do até onde poder chegar.

 II

Sonoridade e sororidade em idades uma hora já não nos cabem. Ou não? A resposta, posta, só a alguns caberá... Aqui, estou de peito aberto a descobrir.


segunda-feira, 12 de junho de 2023

Gilviandando 2 (para boêmios, aposentados e doidões da madrugada)

 Por Ronaldo Faria


 

Aonde escrever os últimos versos, desses que se deixa como epitáfio e coisa grafada na cova que não existirá?

Aonde perpetrar as últimas ideias, aquelas mesmas que surgiam sabe-se lá de onde vieram no vocábulo finito?

Aonde frigir os derradeiros versos, cataclismos perplexos de uma existência entre a lucidez e o hermético plexo?

Aonde cantarolar a saudade que não passa e perpassa nos istmos que unem lugar nenhum até nenhum lugar?

Aonde ondear as ondas que batem na praia que se espraia feito passageiro que perdeu sua última viagem?

Aonde perpetrar a infundada e estapafúrdia prosopopeia deletéria que se faz infausta e quase delirante aquiescência?

Aonde reverenciar nossas loucuras, agruras, semeaduras e viver como enfeitiçados de uma única e sublime mulher?

Aonde reviver um viver a quem não daremos explicações, satisfações, emoções derramadas como esmola de ter?

Aonde conquistar o palco que irá desabrochar a cortina vermelha em centelha que não se apaga ou se apega quiçá?

Aonde viver o lugar em que o passado e o futuro, nesse presente ausente, far-se-ão uniformes e algozes apenas por ser?

sábado, 10 de junho de 2023

Gilviandando

 Por Ronaldo Faria


Na passagem do passado, ultramarino e largado, ladeado de tempos, temperos e prosa, vem do fundo a frase em grifo: “É foda!” É foda seguir sem querer, ter que ir sem ter porque, caminhar até que o corpo não possa tremer ou temer.

Na verborragia que se intromete entre a sede e a orgia, picos de glicemia, os entreveros daqueles que versejam como marinheiros sem porto ou canção. Moribundos senhores a quem se pede apenas a pena a troçar e escrevinhar, aquém.

Na costa aonde a onda não bate, a poesia que se traveste de azul e de verde para deixar a terra mais viva. Para sorrir de soslaio para qualquer vida, dizer que não se fez aguerrida apenas por ser. A somente crer e, quem sabe, até descrer.

Ser talvez um pedaço de atabaque e tamborim, afoxé e até coisa chinfrim. Ou nada ser. Algo que parece prece e parafernália, dessas que a gente quer somente um amor que se chame Amália. Quem sabe, no fim, Amélia também valha.

E destemperar como louco ao ver o tempero fazer da gororoba mais do que uma alucinógena sobra. Pedaço de arquétipo milimétrico e aquiescente de toda uma vida. Sentimento alucinógeno de bolhas, colarinhos e sabores mil.

Porque, enfim, no sempre fim que sempre há de se caminhar nas cruzes e obuses que varrem o chão, descer dias transversos. Como o aprendiz de poeta que passeia no passado e anseia a ceia de sexo, amor e tesão que dorme na criação.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Lulu Santos

 Por Ronaldo Faria

 


Notívagas e vagas vogais que se misturam em consoantes, recondicionadas de emoções e junções nas sílabas que sibilam entre as frestas que todas as festas trazem e traem. Entre a comédia de uma Cinédia ou a dor de um tordilho que corre na vastidão. Na transpiração do amor que o sexo dá, a transposição da cisão entre o passado e a passagem para a vida que perfaz. No entremeio e no meio de tudo, a canção. Unção e remissão.

Lambidas e beijos num quarto de cama redonda e luzes que invadem a cena encenada há anos nas centelhas que a lembrança não desfaz. E perfaz a performance que falha na ansiedade que transpõe a vontade de ser e estar no restante que o restart dá. Coisa de um Quasimodo que é quase – quase ser, quase torto, quase modo. Simbologia da orgia que desvai nos segundos e põe dois a se entreolharem, nus, no espelho que mostra pelos e peles.

Imaginação que sopra no cangote feito fagote em orquestra numa sinfonia apócrifa e gótica. Na lógica do amor, a dor da separação que se transmuta em algoritmos que não têm ritmo e nem razão. Mas se trocam e se tocam à distância na infame realidade que prescinde da verdade. Dois juntos na louca razão de sentimentos e pensamentos, como fossem ambos unguentos de uma fantasia dessas que se conta entrecortada de separação.

Na superação do longe estar, uma estrela fulgura como star. E chega aos dois como uma rachada recheada de rompantes ilusórios e retóricos, que superam a própria dor. Dor de mais um dia longe, de mais uma junção desfeita, da perfeita treta que corre em cama de rodas, chão sem tapete, vinhos enviesados e derramados na ação. Na canção, a mansidão que só se faz no sossego do depois, na trama que a tramoia transpôs na curva da ilusão.

E assim, no acidente que todo Ocidente traz, nos seus pecados de afagos e amores desvairados, pegadas que se afundam no redemoinho de moinhos de ventos e ventres, o brincar de esconder e se fartar, à espera de um asilo juntar e untar. Senão, que a hora, que já é, seja a certeza de sensações cruzadas, emoções resvaladas, brincadeiras caladas. Até que o verso do poeta resvale no momento em que a vida nada mais seja do que imensidão.

terça-feira, 6 de junho de 2023

No taco da (Fernanda) Takai

 Por Ronaldo Faria


 

Cancioneiro sem canção, vaticínio sem vastidão, saudade sem solidão. Universo entre o fim e o verso. Verborragia em reverso. Limite da imensidão. Sortilégio de um camaleão. Tudo a se esvair sem razão. No vão entre duas vidas, a visão de um quaternário saber.

Amor sem cacófatos e iluminações, um transbordar e bordar de emoções. Entre a vontade de desaparecer e continuar a ser. Lâmpada a esquentar o voo da mariposa que pousa para morrer. Na ilusão, varre-se o frágil momento que chega na unção da canção.

Indulgente indigente que na calada da noite ensurdecedora doura a pele com os raios que descem dos faróis. Na chegada do escurecer, um revoar de pássaros e corujas que povoam o imbróglio que há entre a paixão e a parcimônia que habita toda a solidão.

Despretensiosa e ciosa roupagem da gente, que transmuta a certeza de que há amplitude na separação que junta e desune, no sentimento que perpetua e atenua a certeza incerta e presta. No universo que corre sem dono, ainda toca longe em gramofone.


sexta-feira, 2 de junho de 2023

Restolhos da Rita e do passado próprio

 Por Ronaldo Faria

 


Razão, desconexão de sinapses, falta de nomes. Coisas que se perdem, se esvaem, esvanecem diante do tempo, como um tempo só nosso que não precisa de precisão na cisão de ser ou não. Na verdade, fodam-se o tempo, o vento, o ventre, o propósito impróprio aos impropérios de todos nós. Nos nós que encontramos na vida, desatemos todos devagar, a vagar sabe-se lá onde for. E se vagas o mar do destino não formar, foda-se. Perto de ser invadido no invasivo real da ciência, ao menos que se cumpra minha vontade. Vontade de morto tem que se cumprir. E se na mesa apagar de vez, cinzas com cinzas haverão de ser... ou agora só falta você.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Tempo em Rita Lee

 Por Ronaldo Faria

Tempo em Rita Lee

10/05/2023


 

O Word é de 2010. Eu sou de 1957. A data atual é de 2023. Mas o que são os anos? Tragédias cômicas? Comédias trágicas? Ou nada são e serão? Afinal, a quem cabe definir datas e lógicas? A ninguém, creio eu. Nas frágeis e frígidas doses de vida, infundadas vozes vociferam incólumes e findas. Mas haverá vida depois? No apostrofe (pra que serve essa merda?) do tempo, será o que foi, ou haverá de sê-lo? Desmazelo. Aliás, após revolver passados e falhas de neurônios, vale o que vier. Vale o que tiver. E tentemos a felicidade na frágil realidade...

segunda-feira, 29 de maio de 2023

sábado, 27 de maio de 2023

Antonio Nóbrega

Por Ronaldo Faria


No Luminário Perpétuo o Nordeste que me veste e traveste passados e efêmeros lamentos. Com certeza algum zumbido de abelhas africanas sobrevoará sobre mim. E me jogarei no chão outra vez e verei o enxame seguir seu rumo, saberemos aonde ele foi. E lá se vão algo próximo de 60 anos. Com cheganças e idas no mundo infindo e desterrado de si. Um esconderijo de sentenças e lendas que se misturam em pesadelos e zelos. Coisa de lembranças, cheiros, fragmentos, resquícios ínfimos e eternos, como cavalgar num rio seco que depois mata o avô querido, sons e luminosidades que só com a morte hoje ainda proscrita irão derrear.

No Luminário Perpétuo, o feto que ficou de um tempo, mas que me dá a certeza de ser nordestino, mesmo nascido na capital federal. Agregado à sentença primária de ter exilado num espaço quase inóspito, respiro um rio que em janeiro se fez e uma Bahia/Sergipe que nunca saíram de mim. Nunca sairão, impregnados na pele e na mente, sempre ficarão. E, creiam, meu lado pernambucano flui igualmente servil. E vai e se esvai, e volta e retorna. E quem dera uma rabeca rabisque e cisque cada pedaço de vida que ainda possa existir além da saudade que bate todos os dias só pra lembrar que a saudade é uma coisa infinda.


sexta-feira, 26 de maio de 2023

O coração e Zé Renato

Por Ronaldo Faria


Um coração surgiu de repente no copo de vinho após quase 20 dias sem beber. Toque do além? Nada além de uma luz qualquer? Sei lá! A ouvir Zé Renato, estar vivo e beber, nada precisa ter resposta. Ela já está posta!



quinta-feira, 25 de maio de 2023

Os Cariocas

 Por Ronaldo Faria

 


Simbiose ou osmose? Onde se misturam as emoções e as desgarradas sensações que dobram esquinas, sinas, sanguinolentas notas que lembram a única música aprendida num violão – o Samba de nota só. Hoje, porém, é só cantada, virou nas dedilhadas mero pó. Afinal, nada mais era do que conquistar a morena artista e violonista erudita nos primórdios do amor. E ela se foi, junto com os prédios do Leblon, o tom e o som. Rio de Janeiro, matreiro e guerreiro, feito São Sebastião. Coisa de nascedouro, mistura de cheiro de creolina (que tanto amo) e de um tesouro encontrado nas areias que servem de nascedouro e morredouro de um mar que se acalanta nas coxas da mulher que desvanece no quase luar. Hoje, mais uma vez e sempre, meu Rio voltou – imenso, sedento de lembranças, ancas da índia primeira e amada do Méier, de cabelos longos, trovas e coisas alhures num sempre talvez e na vez da cascata que cai em Cascatinha. Quem sabe a musa etérea e louca de Ipanema na loucura que cada um de nós tem, ou a moça de Madureira, a outra de Olaria, aquela de uma orgia qualquer numa ilha ou no Sul do Brasil. A de Copacabana a deflorar o poeta/menino em tesão. Simbiose ou osmose? Saber-se-á. Só vou dizer, como a canção mostra: o amor foi feitinho pra dar...

terça-feira, 23 de maio de 2023

Término com Francis Hime

 Por Ronaldo Faria



O derradeiro e último gole. O que ele nos traz? Onde começa, lá no início, e termina como líquido numa terrina? O que desfaz, apraz, liquefaz? Não sabemos. E isso é que faz dele o melhor, o primórdio do passado, o futuro ineficaz, o presente da gente. Quem sabe, ávido de se descobrir, não seja um descortinar do nosso mais fiel interior, aquele que se esconde no recôndito que só serve pra culpar nosso viver num morrer que chegará logo mais. Onde nada seremos, viveremos num inexistir de unguentos, teclas digitadas em lamentos. Quiçá, nos queixaremos ao tempo ser tão rápido e fugaz. E fugiremos de nós, brincaremos de alguma coisa qualquer, frigiremos ovos numa panela suja e na fé, quem sabe até. Afinal, o final não cabe a nós, entre óbitos e algum algoz.
 
II
 
Ele subiu o morro como quem desce para um asfalto que inexiste. Presto, pôs os olhos a ver o tempo que se foi. Disse oi àquele que sobe, prestimoso lembrou tempos de Borel. Ou, pensando agora: “Quando a coisa é muito boa, falta a coragem de lutar”. Mas ele lutou, brigou no trem, no ônibus, na desvariada andada sob o sol inclemente de uma zona norte, torta ou prestes à própria sorte. Na atmosfera linear, a Lua Cris cruza o céu iluminada e feito parecida a maçã. Mas ele continuou a subir o morro íngreme e disforme, como fosse a forma mais certa de ser. Mas o que será o cercear de uma flor? Ficará morta sem saber brotar ou far-se-á rosa para o mais fortuito amor? Roubada de um quintal em ser. Nas cordas do violão, certamente brincará de essência e ciência para o poeta arquitetar seu dissabor. Senão será somente semente a florir num canto qualquer do ser sem lamento. E assim provar que o amor sempre saberá vencer.
 
III
 
Saber colocar o último líquido que sai e se esvai num copo sem deixar cair é coisa de prática de anos e vidas de fragmentos perdidos e inusitados, fardos de histórias histriônicas ou patéticas, verves de fragmentos que lotam a mente da gente como fossem passagens a se liquefazerem em espumas e cores amarelas, fátuas certezas de que o momento é agora, mesmo que em ágoras alguns gritem feito loucos iguais àquilo que somos. Zumbis e soníferos mendicantes de algo que nos faça senhores de si, ao menos nos pesadelos que chegam entre o negror e o alvorecer, vamos a brincar de ser. A vida, solerte, rápida, única e saber-se-á que dará frutos que nem Maria-sem-vergonha dá. E assim continuaremos, uníssonos, senhores de si, ensimesmados, fugazes, bêbados e trêbados, iremos em dias e diásporas a viver o que nos resta a repetir entre um alvorecer e um luar. Certamente, em algum lugar, viveremos nosso sonho imaginário no torpor.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Fernanda Takai, ou na foto

 Por Ronaldo Faria


O mar se derrama em ramas de espumas, idas e vindas. Transborda na areia e pés, brinca de frio e verve. Serve ao movimento pleno e sorve emoções, unções e porções de paixões. É um universo de frases soltas, roupas soltas, rotas rotundas. Na entrega que se desfaz em urgências e premências, a incerteza da razão.

Quem sabe um beijo translúcido e opaco, um abraço desfeito de fato, uma nuvem que se esconde do sol que morre embriagado e volátil, impregnado de parafernálias mil. No pouco de anil que resta, a festa. A chegança malfadada de mais um dia que se esvai, a loucura da noite que se entrega à regra do nunca mais.


sexta-feira, 19 de maio de 2023

No grande encontro de eu, da música e eu

 Por Ronaldo Faria

 


Cheiros, luzes e odores, vapores e descarregos ao luar minguante, infante e à natureza secular. Quem sabe um quase inverno entre o paraíso e o aluar. Desses momentos que a gente sabe que existe entre o que é o real e a realidade. Como um coração, diria o poeta, ainda batendo dentro do peito. Presto ou afeito às besteiras que eclodem e explodem em sinergia que diz apenas, às penas, que o momento é afeito ao feito que um dia poderíamos ter feito no proveito ou aceito. E o tempo nos impediu, impeliu, implodiu sem sequer perguntar se o melhor foi ou pior será. Do trono do destino o grão-mestre estava, nessa hora, está a cagar.

E o amante que habita no santo que desce pensou: “No dançar do forró/festa a que fomos levados, lavados e enlevados nos corpos de dois num só, na brincadeira intermitente da felicidade que nos foge entre os dedos e medos de saber que a vida também possa ser algo a se reverenciar, cravamos nas claves de sol que certamente a mente e instrumentos sorveram a derradeira felicidade sem maldade ou tempo.” De volta à realidade, na fragilidade destemperada e temperada do tempo, somente a cruel vista do incenso queimado e fátuo que sobe sabe-se lá para aonde. Nas ondas que em algum lugar batem, o ser sou só eu e você.

(Ao grande encontro de Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho)

Cavaleiro solitário

 Por Ronaldo Faria O bar está fechado. Parece há tempo. Mas Hermínio não se dá por vencido. Enquanto houver uma sede por beber, beber-se-á. ...