segunda-feira, 3 de abril de 2023

Ao poeta do amor

 Por Ronaldo Faria


Vinicius de Moraes, onde moras hoje?  No São João Batista? Na batuta daquele que frequenta a antiga Montenegro, que virou teu nome? Será que esse povo sabe o que era o Veloso? Será que o Rio de Janeiro ainda sabe o que foi, é ou será? Sabe-se lá... Saber-se-á. Na verdade de mentira o tempo e os tempos cobrem de exéquias e qualquer coisa aquilo que foi. O que foi, sabe-se lá será. Certamente não. A instantaneidade não permite lembrar, reviver, amar, chorar, sofrer... O tempo hoje pede uma velocidade que as teclas de uma máquina de escrever não permitem mais. Rascunhos, branquinhos, rasgar laudas e ideias não cabem mais. O lixo hoje é virtual, a lixeira se descarta num teclar. Bons tempos de um espaço de metal cheio de papel a esperar voltar a ser o que se desfaz...

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