Por Ronaldo Faria
No brilho do mar que a todos nos damos e se dá sob a luz da claridade ou de uma rã, como diria o poeta das notas, Donato, vai o casal acasalado de há pouco e, como todo amor afoito, louco para se recriar no coito. Seus corpos, avermelhados do sol amarelo, brilhantes nos grãos que a areia permeia e dá sem cobrar um tostão, se espalham e se espelham entre os fortuitos olhares daqueles que queriam estar ali naquele lugar. E continuam voláteis a caminhar e flanar no asfalto de 50 graus à sombra. Logo irão se aninhar em dois num só, sem dó. Se amarão, se agarrarão, irão se dispor à felicidade de dar e receber, crer e encher de beijos os queijos que serão servidos e sorvidos a cada novo café da manhã. Farão promessas mil, catarão espigas de milhos perdidas em plantações de girassóis. No após? Não querem nem saber. Como diria o profeta: “Que o futuro vá se foder!” Com João Donato, neste ato curto e prático, a prática de querer (ao menos nos teclados) ser feliz...
(Ao João Donato)

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