quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Com Bibi Ferreira à espera de parar

 Por Ronaldo Faria

 
-- Pra findar tem que ser Bibi Ferreira em francês?
A pergunta de Augusto, na sua angústia e pérfida existência, quase fica sem resposta na bosta que é o silêncio dos bêbados da vida infame que surge feito chama na flegma da analfabeta sentença que os tempos da inteligência artificial chamariam de reconhecimento do despreparo da língua pátria. Mas, apátrida de si mesmo no esmero fútil e findo de nada saber, como culpar o poeta que se arremessa ao descalabro de apenas tentar escrever?
-- Paris? Que vá à vida que a pariu, Paris! O Champs Elyssés que se escureça nas luzes eternas. Nos prostíbulos e vestíbulos que Piaf tenha pisado sejam o cadafalso abstrato que qualquer um de nós teima em seguir.
No boa noite que nada diz além do fim do dia infausto e incrédulo de um dia ter passado sem nada dizer, a certeza da parodia de ceux qui se mentent à eux-mêmes juste pour croire qu’ils peuvent être un être flottant. No som que ecoa ao tempo, palavras vão a sumir ao vento... Amanhã, quem saberá, um novo amor poderá florir na terra cansada de pouco cerzir estórias de amor e findar sempre em si.

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