Por Ronaldo Faria
Comer nuvens de cor que alguém
se esqueceu de por. Viajar no violino em desatino lisérgico e alérgico à
tristeza. Brincar de dia azul mesmo com as queimadas que escurecem o céu em
fumaça decrépita e fétida. Parar mais cedo com os alcaloides para sintonizar
amanhã. “Estação PKR-1957 dá bom dia às plantinhas e aqueles que plantam
bananeira na esquina.”
Cair de boca nas coisas que surgem em janeiro e morrem demenciadas em dezembro. E lá se foi outro ano. Na hecatombe que tiver passado, o passado temporal surge abrupto e tosco, tosquiado feito ovelha na máquina zero. Aos loucos e esotéricos, dançarinos dos bailes e perrengues, o par pede passagem para não morrer sem nunca ter voltado por lá.
Depois, brindar goles e golfadas na fantasia que traz azia e picardia. Andar na corda bamba que o bambolê da criança faz rodar em círculos ridículos para quem de fora vê. Ver-se nos versos de outrora como agora: ser abissal que nunca saiu da areia que a praia deixava. E levar para longe a caravela sem velas que teima em pegar tormentas e calmarias na busca do torpor.
Subir no foguete que fala com os animais. Ver a Terra além da estratosfera, onde a fera humana vira a mesma do animal, e sorrir com a bola que gira no espaço. No bagaço, bactéria vive e surge no papel almaço com seu almoço descerebrado. E chegar aos sete anéis de Saturno sem achar isso um absurdo. Afinal, tudo ainda voa e até parece balão.
Por fim, nos finalmentes do repente que deseja mais um gole e briga com a certeza do beijo, vicejos de vida longa e enlevo. No eclipse sozinho que percorre lua e sol com cuidado, a Babilônia fônica e atônita que a tônica com gim traz para o lado. Perto e distante um povo evoca no maracatu atômico que há céu sem estrelas. No teclado as unhas afiadas se fiam em louvor a vencerem o tempo e a dor.
Cair de boca nas coisas que surgem em janeiro e morrem demenciadas em dezembro. E lá se foi outro ano. Na hecatombe que tiver passado, o passado temporal surge abrupto e tosco, tosquiado feito ovelha na máquina zero. Aos loucos e esotéricos, dançarinos dos bailes e perrengues, o par pede passagem para não morrer sem nunca ter voltado por lá.
Depois, brindar goles e golfadas na fantasia que traz azia e picardia. Andar na corda bamba que o bambolê da criança faz rodar em círculos ridículos para quem de fora vê. Ver-se nos versos de outrora como agora: ser abissal que nunca saiu da areia que a praia deixava. E levar para longe a caravela sem velas que teima em pegar tormentas e calmarias na busca do torpor.
Subir no foguete que fala com os animais. Ver a Terra além da estratosfera, onde a fera humana vira a mesma do animal, e sorrir com a bola que gira no espaço. No bagaço, bactéria vive e surge no papel almaço com seu almoço descerebrado. E chegar aos sete anéis de Saturno sem achar isso um absurdo. Afinal, tudo ainda voa e até parece balão.
Por fim, nos finalmentes do repente que deseja mais um gole e briga com a certeza do beijo, vicejos de vida longa e enlevo. No eclipse sozinho que percorre lua e sol com cuidado, a Babilônia fônica e atônita que a tônica com gim traz para o lado. Perto e distante um povo evoca no maracatu atômico que há céu sem estrelas. No teclado as unhas afiadas se fiam em louvor a vencerem o tempo e a dor.

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