Por Ronaldo Faria
Que se foda o que irá por vir. O porvir não é e nunca foi aquilo que gostaríamos
que fosse. No fosso de nós mesmos, a corrigir teclas erradas (e haja erros no
que sobra de lucidez), mudemos de D2 para Ney Matogrosso. No texto a escrever, o
osso.
Sinfrônio, codinome de bêbado que não sabe dizer se veio daqui ou se irá para lá, bambeia nas letras e sabe que no dia seguinte será pedinte de si mesmo. Mas, pouco importa. Às portas da noite quente e fria, pragueja ser alguém aquém do que se é. Benfazejo no ensejo madrigal, se entrega ao nada, a nadar e saber que se afogará. O lugar é algo que se pode rimar. Os dedos já não respondem. E nem sabem de onde vêm. No limiar da loucura, a insensatez delimita a conexão entre a derradeira centelha e a vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário