Por Edmilson Siqueira
"Chet Baker acreditava em baladas". Assim começa o artigo no encarte de um disco do trompetista norte-americano, que surgiu como um sonho e acabou vivendo vários infernos em sua vida, cheia de belíssimos discos, grandes apresentações e um punhado de drogas. As baladas do título são músicas lentas, jazzísticas, normalmente de grande beleza, muito comuns no cancioneiro norte-americano.
A morte de Chet, até hoje sem uma definição entre acidente, assassinado e suicídio, contrasta com a leveza de sua arte e com a beleza de seu rosto jovem. Mas, se a música que ele fazia nos enlevava, sua vida era da pesada, entre amores desfeitos e traficantes. Pena. Partiu aos 58 anos, entre uma apresentação e outra em Amsterdã.
A coletânea de baladas começa com Polka Dots and Moonbeans, gravada em 1958, em Nova York. Apesar do nome (Bolinhas e Raios de Lua) sugerir algo ligeiro, é uma música suave, como convém às baladas e que tem Al Haig ao piano e Paul Chambers no contrabaixo. Completam o repertório Autum in New York; My Old Flame; Alone Together; I Should Care; When Lights Are Low; Stairway to the Stars (a primeira em que Chet toca flugelhorn); Indian Summer; Almost Like Being in Love; I've Been Accustumed to Her Face; Lament for the Living (a outra em que Chet toca flugelhorn); I'm Old Fashioned e My Heart Stood Still.
Ele está à venda com preços módicos e elevados (encontrei por R$ 29,00 na Amazon e por R$ 250,00 no Mercado Livre) e também pode ser ouvido inteiro no YouTube em https://www.youtube.com/watch?v=zA8BnjZ7zZ4&list=OLAK5uy_nTwzVsSNbSHBEHVZPKvmKy7frpB1R9KyU .
Nenhum comentário:
Postar um comentário