Por Ronaldo Faria
Gritemos e nos engalinhemos,
nos engalfinhemos, naquilo que isso for. Nos esforcemos para aguentarmos quem
não nos entende e nunca nos entenderá. Seja em que esfera for. Sorte do
Vinicius, Tom e tantos mil outros que optaram pela orgia ou solidão. Fechar ou
se abrir entre janelas sobre a Guanabara. Sob a distância, a alquimia de ser,
ver e ouvir e se calar. Se dar em si mesmo em nome dos outros, se amputar, se
calar, se fazer um nada a nadar nas antropofagias de se matar. Ouvir as
“verdades” e calar. Viver o amor perfeito no peito que se esvai vida afora. Em
mililitros ser julgado. As ideias, os versos e reversos, esses que se fodam. O
tanto vivido, sobrevivido, renascido, refeito, premido, calcinado de pesadelos
e desmazelos, que se foda. A vida é, enfim, uma foda maldada. Eu preciso...
“Oh, minha honey baby.”
(Wally Salomão)
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