terça-feira, 19 de abril de 2022

Waly Salomão 3

 Por Ronaldo Faria

Gritemos e nos engalinhemos, nos engalfinhemos, naquilo que isso for. Nos esforcemos para aguentarmos quem não nos entende e nunca nos entenderá. Seja em que esfera for. Sorte do Vinicius, Tom e tantos mil outros que optaram pela orgia ou solidão. Fechar ou se abrir entre janelas sobre a Guanabara. Sob a distância, a alquimia de ser, ver e ouvir e se calar. Se dar em si mesmo em nome dos outros, se amputar, se calar, se fazer um nada a nadar nas antropofagias de se matar. Ouvir as “verdades” e calar. Viver o amor perfeito no peito que se esvai vida afora. Em mililitros ser julgado. As ideias, os versos e reversos, esses que se fodam. O tanto vivido, sobrevivido, renascido, refeito, premido, calcinado de pesadelos e desmazelos, que se foda. A vida é, enfim, uma foda maldada. Eu preciso...

Oh, minha honey baby.”

(Wally Salomão)

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