Por Ronaldo Faria
Imagine você num hotel em Paris, louco além da conta: pulo ou não à
vida tragicômica?
Cá estou. Curto ou não a minha dor? Solto sons ou não à cidade que me dá a luz? Quantos sopros de vida já dei. Noutros tantos, desandei. Se sou, não sei. Dessa vida, nada levarei. Mil gravações, sermões, senões, feridas em Mater Dei. Pouco importa. Loucura dá na horta? Não sei. Entre silenciosas e ociosas vésperas de nada, num trago venha a mim, me tragas. Afinal, mulher derradeira e brejeira, descoberta só após o último suspirar, deixo-te me tragar. Faz de mim teu melhor lar. Na canção insólita, sinto-me ao luar. Teu serei, me anuviarei no que ainda sobrar...
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