Por Ronaldo Faria
A vida passa rápido pra
caralho. Uma dicotomia sem início preciso, meio efetivo, fim determinado. Uma
ou outra visão. Quiçá, algum momento, efêmero. Nalgum momento. Juras de amor,
beijos lânguidos e um eterno e terno adeus, num pouco depois que nunca chega.
Tudo como um fotograma em filigrana qualquer. Na finitude de tudo, um homem e
uma mulher. Um desespero feito enterro promíscuo e solícito, desses que um
adeus já basta. Num quase muito e tanto nada. Quasímodo, o personagem sem papel
permeia o tempo que está e que ainda resta, em réstia. O fim, uma promessa
nunca cumprida, uma comprida trajetória que finda em lugar nenhum. No fundo do
mar, uma concha ouve o barulho do vento que nunca terá. Na areia, a morrer de rir
com o fim do seu tererê.
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