Por Ronaldo Faria
O cinema de Salvador esconde
dois corpos púberes a ver que um filme qualquer será (saberemos lá ou
saber-se-á). De repente, as mãos se unem. Mãos de ainda jovens, sonhadores de
que a vida é só um lumiar contínuo a beirar a certeza de que felicidade há. Bobos
em si, na tragédia familiar. Crianças e jovens numa descoberta que nunca
existirá. Para essa peça, na peçonha da existência, vozes de mulheres velhas a
destruir o que pudesse vir. Romeu e Julieta ensanguentados nas ladeiras que a prosopopeia
(seja isso o que for) diz ser o destino desnorteado de qualquer tempo.
Constantino, que tem nome parecido com quem sobreviveu ao apogeu de Constantinopla, relembra seu passado que houve (ou terá realmente havido?). Na foto 3x4, um fotograma que hoje já não há, o rosto que rompe têmporas e temporalidade. Tântricos desejos e benfazejos cortejos de nunca mais voltarão. No vão da saudade, a realidade que só a lucidez da embriaguez dá. E revolve tempos, resolve átimos da mente, mistifica o que o corpo físico não consegue recriar com a clareza da tela que está defronte dos dois amores mortos taciturnos e condenados a nunca retornar.
Constantino, que tem nome parecido com quem sobreviveu ao apogeu de Constantinopla, relembra seu passado que houve (ou terá realmente havido?). Na foto 3x4, um fotograma que hoje já não há, o rosto que rompe têmporas e temporalidade. Tântricos desejos e benfazejos cortejos de nunca mais voltarão. No vão da saudade, a realidade que só a lucidez da embriaguez dá. E revolve tempos, resolve átimos da mente, mistifica o que o corpo físico não consegue recriar com a clareza da tela que está defronte dos dois amores mortos taciturnos e condenados a nunca retornar.
II
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