Por Ronaldo Faria
Apagar, desapegar, agregar,
acender, recriar, desfrutar da loucura etérea e efêmera. Nos sonhos, cada dia uma
fêmea. No som, o blues desenrola a rolar. No alto da árvore, a pomba-rola para
no galho que ao vento a penumbra plúmbea abate sobre a cena. No semblante do
maltrapilho andarilho que sobe a ladeira com um passo à frente e mil e tantos
atrás, a visão de dentes que faltam, o hálito que o bagaço criou, a flor que
nunca viu uma gota de água para nascer. Quando a chuva jorrou, a enxurrada
levou a semente junto com a dor.
Catar, pegar, transcender, envolver o volátil e o descrer da rotina que chega com os raios da manhã. Nos pesadelos, em enlevos dissolutos e bastardos, fantasmas revivem e convivem entre si, encarcerados de uma eternidade que parece não ter fim. Em roteiros que sucumbem em morteiros que destroem catedrais nunca erguidas, o som de pretos e pretas, de vozes e harmônicas, pianos e planos mil, na certeza de que plantações serão colhidas e florirão. E os céus erguerão raios e luzes luzidias a receber a poesia de se perde na nova canção.
Catar, pegar, transcender, envolver o volátil e o descrer da rotina que chega com os raios da manhã. Nos pesadelos, em enlevos dissolutos e bastardos, fantasmas revivem e convivem entre si, encarcerados de uma eternidade que parece não ter fim. Em roteiros que sucumbem em morteiros que destroem catedrais nunca erguidas, o som de pretos e pretas, de vozes e harmônicas, pianos e planos mil, na certeza de que plantações serão colhidas e florirão. E os céus erguerão raios e luzes luzidias a receber a poesia de se perde na nova canção.
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