Por Ronaldo Faria
Na saideira que a estradeira
vida da vida traz, mais um ou menos uma tanto faz. Com Luiz Melodia a vida se
enfia na melódica brincadeira que a poesia dá. Assim, na canção que transforma
a forma na epiderme que cola e não desgruda, segue o tempo que a quimera não deixa
acabar. Nesse universo nem Calabar irá trazer as correntes que se arrastarão em
promissão pela Terra. Apenas na trama que se vai exangue há um pouco de sangue.
Se alguém se consternar com o aprendiz de poeta ele é do tipo A+. Leia-se
positivo. Nesse sentido, que exista sentimento para além do presságio. No
deságio que o tempo dá, possamos nos promiscuir em delírios e prosseguir.
Nalgum lugar um realejo traz o som que deve ser dos dias que ainda faltam. Sobremaneira, no cataclismo que o sismo do coração dá, o fluxo de sangue se faz fugitivo nas ruas escuras que a penumbra se faz colorida nos olhos de quem busca o amor tardio ou vadio, vazio em si e no querer. Nas casas que existem em todos nós, nos nós que a vida nos dá, gente ainda acorda sem as cordas do violão e o batuque do pandeiro e segue nas ruas de paralelepípedos que o tempo plantou. Nos dias de agora, flow, o florescer de qualquer gramínea já está bom demais. Ademais, o que mais poderemos querer? Afinal, no final prosaico que cada madrugada traz, seja feita vontade do escrever sem ver.
No tom do chorinho que foi
chorado e tragado, bebido e largado, a saideira na efeméride passageira. Um
periquito a catar o futuro dos casais, acasalar de casuais encontros, os
cômicos castelos que se jogam às ondas banidas. É a praça que volta com o
lambe-lambe que promete revelar a foto em meia hora. Mas, nesses minutos, quem
irá fotografar? E dessa forma, nas mentiras que existência nos dá, vamos a
seguir seguramente o esteio que o tempo desejar. E se uma sílaba ou um acorde
faltar, seja o que quiser ser. Nas brochuras de um caderno eterno, o incrédulo
verso que nunca escrevemos...
Nalgum lugar um realejo traz o som que deve ser dos dias que ainda faltam. Sobremaneira, no cataclismo que o sismo do coração dá, o fluxo de sangue se faz fugitivo nas ruas escuras que a penumbra se faz colorida nos olhos de quem busca o amor tardio ou vadio, vazio em si e no querer. Nas casas que existem em todos nós, nos nós que a vida nos dá, gente ainda acorda sem as cordas do violão e o batuque do pandeiro e segue nas ruas de paralelepípedos que o tempo plantou. Nos dias de agora, flow, o florescer de qualquer gramínea já está bom demais. Ademais, o que mais poderemos querer? Afinal, no final prosaico que cada madrugada traz, seja feita vontade do escrever sem ver.
II
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