Por Ronaldo Faria
Penduricalhos da vida: óculos,
ósculos, lágrimas, saudades mil que não mais acabam em si. Tordesilhas nunca
vencidas, tratados nunca feitos, bandeiras nunca conquistadas. Talvez,
estradas. Insanas, extensas, centimetradas. Fábulas, todas elas com cavalos
alados e amazonas que saíram das zonas mais distantes, depois de amarem mil e
umas, para trocarem as luzes escuras pelo sol que brinca de acordar e dormir
para ovos frigir.
Vazios que nada preenchem: frases perdidas, vidas sem vida, efêmeras horas que correm ao contrário, na dor. No labor de ser feliz, copos cheios de espuma e pródigas ideias. Talvez um braço amigo, um abraço demente, um discurso veemente, desses que diz que o amanhã amanhecerá melhor. Nas letras negras do computador, ladrilhos de uma rua em ladeira a assombrear o luar e assombrar as loucuras que vêm em vagas.
Certezas que iludem a solidão: um coração torpe, um desejo cambaleando antes do tombo, uma única candura quebrada em cacos de vidro. No voltar que o tempo não refaz e desfaz em ritmos e letras que nunca se farão música ou poesia, o homem caminha em seus momentos etéreos e voláteis a achar que se achou. Mero e ledo engano – o menino que corria as terras secas a carregar um carro de bois de sabugos de milho já não há.
Verdades que se sabem apenas ecos de profecias nunca remidas: a circuncisão de esperanças, as danças tresloucadas de pares pareados em si, sinais de céus azuis ou escuros da chuva que nunca cai. Na sombra que a árvore sem galhos dá, na dádiva daquele que teve ao menos um segundo de amor, a trilha que ninguém trilhará. No trem do tempo que corre e percorre trilhos e ordenha vidas, o derradeiro apito que o surdo nunca ouvirá.
Vazios que nada preenchem: frases perdidas, vidas sem vida, efêmeras horas que correm ao contrário, na dor. No labor de ser feliz, copos cheios de espuma e pródigas ideias. Talvez um braço amigo, um abraço demente, um discurso veemente, desses que diz que o amanhã amanhecerá melhor. Nas letras negras do computador, ladrilhos de uma rua em ladeira a assombrear o luar e assombrar as loucuras que vêm em vagas.
Certezas que iludem a solidão: um coração torpe, um desejo cambaleando antes do tombo, uma única candura quebrada em cacos de vidro. No voltar que o tempo não refaz e desfaz em ritmos e letras que nunca se farão música ou poesia, o homem caminha em seus momentos etéreos e voláteis a achar que se achou. Mero e ledo engano – o menino que corria as terras secas a carregar um carro de bois de sabugos de milho já não há.
Verdades que se sabem apenas ecos de profecias nunca remidas: a circuncisão de esperanças, as danças tresloucadas de pares pareados em si, sinais de céus azuis ou escuros da chuva que nunca cai. Na sombra que a árvore sem galhos dá, na dádiva daquele que teve ao menos um segundo de amor, a trilha que ninguém trilhará. No trem do tempo que corre e percorre trilhos e ordenha vidas, o derradeiro apito que o surdo nunca ouvirá.
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