Por Ronaldo Faria
Âmbar de sândalos e verve.
Vida.
Coisa de veste e cântaros.
Âmago.
No meio do nada e no centro de tudo.
Pirajá.
Bar próximo de ser o sonhar.
Ar.
Coisa a respirar e soltar.
Verter...
Vasto cérebro dicotômico e atômico.
Trajeto travestido de cômico.
Sônico.
Mistura de samba e canto afônico.
Creio sê-lo - e sou.
Bastardo e maldizente.
Maldigo de esferas.
Jogado às feras findas.
Infinitas no sepulcro final.
Há eternidade afinal?
Terna dúvida irreal...
Resumo.
Revista entre o único e o húmus.
Resto de terra e fezes.
Falta de esqueleto e gueto.
Fazer.
Fé e grotesco a passar.
Rever.
Ter ou vislumbrar o ser.
Desastre.
O ato do artista em Marte.
Mística.
Mistura de ínfimos credos.
Crer.
O ridículo real...
Vicejante, enfastiado, leniente.
Nada e tudo.
Tudo e nada.
A fada afaga e intumesce de gozo a vagina.
A angina se sobrepõe à derradeira frase…
A fase é lunar.
O sol esquenta os dias.
O suor escorre e forja o quadro.
Quase não há tempo para o porre.
Vê-se, de qualquer canto, que a água não escorre.
A sentença final.
A morte.
Sorte de quem não a tem por mote.
O Norte é tudo.
Quisera, ao menos, ter saúde...
Que o dragão da música não mate a poesia derradeira.
De uma maneira ou outra, me farei imortal, sobremaneira.
Na madrugada, a todos é dado o direito de dizer besteira.
A asneira é o discurso de quem cabula eternidade à sua maneira.