Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Farelos de vira-latas caramelos se misturam com o inverso do universo onde o verso sai trôpego e trágico. Atávico, cármico, delirante, procrastina o que, numa tina vazia e entregue à azia, se enche de vinho e rotina na retina. Nesse plano, onde mapas e rotas viram restos no reto discreto projeto que nunca está ereto, o caminho é torto e difuso. Confuso. Na junção em que a oração musical torna tudo carnal e Carnaval fora de hora, o final em que milhares de letras e notas norteiam a poesia e o desmazelo que chegam sem zelo.
Farelos de anos que repousam quietos e tétricos, onde o profano é insano e a magia se volatiliza em frágeis momentos que os tormentos brincam de orações e orgias. Nas lamúrias do bêbado caído nas suas ruas sem esquinas, no flagelado que morre gelado no calor do inverno, a odisseia de navegar mil mares secos e milhares de ressequidas e esquecidas bocas vermelhas e tetas febris. No agora que já virou depois, presente cheio de passado, o amargo saber que há nessa história tanto de mim e pouco de você.
Farelos de farofas sem
perfume, oratória da amante que diz esperar que agora, no presente e no passado,
role na metrópole a orquestra de gaitas de fole. No rolê emblemático que
sobrevive há décadas na roda da Terra a rodar sem sair do lugar, centilhões de fonemas
e temas, loucuras e beijos e perdas que perdigotos derramaram à saliva salva
nos lençóis. A cantar, o menestrel de bordel deseja todas coxas. No olhar negro
de vilipêndios e compêndios, o largar que se esparrama nas tramas dos loucos
tremas mortos.
Farelos de logo mais é hora de parar de escrever e viajar, no garimpar de vírgulas e pontos, consoantes e vogais, coisas morais e amorais. Sevícias e vícios desconjurados e descomunais. Pelos canais dos rios e mares, veias que correm em sangue exangue, volúpias e coisas de quem se acha sagaz, o mistério da busca limítrofe entre a loucura e a paz. Nas avenidas desconexas que levam a nenhum lugar, casais juntados pelo amor tentam chegar e se achegar para na essência da madrugada doentia fazerem a vida desabrochar.
Por Ronaldo Faria
Por Edmilson Siqueira
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Um baseado chega naquilo que se baseia ser a ínfima realidade certeira e brejeira. E faz o mundo voar, volatizar, traceja tempos e têmporas, refaz passado e realidade, átimos e átomos de um pensar esfarelado. Nossas lembranças, nas reentrâncias desmedidas, são apernas coisas escondidas num pedaço de cérebro que logo se desfará. No lugar, um ilusório brincar de saber que tem que ser agora porque a sanidade está a derrear.
Por Ronaldo Faria
Por Edmilson Siqueira
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Por Edmilson Siqueira
Ela não é muito conhecida no Brasil, mas nas décadas de 40 e 50 do século passado, era uma das mais respeitadas vozes do jazz dos Estados Unidos. E devia ter seus fãs por aqui também. Morreu em 2006, aos 87 anos. Poderia ter vivido menos, pois durante um bom tempo teve os famosos "problemas com drogas", que, aliás, lhe deram o apelido de "Jezebel do Jazz". Mas foi uma das grandes cantoras, a ponto de alguns críticos a situarem ao lado do trio sagrado formado por Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday. Não era pouco para uma branca entre as grandes cantoras negras dos EUA.
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Astrogildo, cujo astrolábio era mera peça de armário, decidiu que sairia este ano na Portela. “Chega de Império Serrano. Basta de impropério. O meu lugar é colado na velha guarda que está guardada na saudade.”
Por Ronaldo Faria - Você só pode estar de sacanagem querendo que eu vá ao enterro da Jacinta. Sinto muito, mas eu é que não vou! - Mas, C...