Por Ronaldo Faria
Vale a pena ver... muito a pena. Que chegue março com a marcha na quinta, sexta, sétima vida. Como um bicho de sete cabeças. https://www.youtube.com/watch?v=UdIRka0arFQ
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Descobri agora (em 11/10/2023) que o Carnaval já passou. Logo, minha dica ficou velha, mas vale para os próximos dias loucos e de músicas mil. Se não quiserem quebrar copos de estimação, bebam direto da lata. Eu aprendi hoje, tarde. Mas nunca parece tarde para se aprender se eu ainda estiver por aqui....
Por Ronaldo Faria
Com espaços mil para cair, a mariposa resolveu se matar
num copo de mexeriquinha. É muita sacanagem...
https://www.youtube.com/watch?v=mxGe-bH3ldw
Por Ronaldo Faria
Frases ditas e desditas, reconsideradas e caladas, em gritos passadas, embriagadas ou aflitas, tanto faz. Quem tem algo a dizer? Segundos são o melhor momento de devanear? No insano porvir do que nunca irá vir, a incerteza de ter feito o certo, se certo há no milagre da vida. E como nunca nada irá se ajeitar, que o tempo de cada um sobreviva ao seu etéreo e cansado lugar. Daqui, trôpego e louco, passo da eternidade ao lugar nunca agora... E que esse espaço seja logo ali, no nunca inexistente alvorecer.
Por Ronaldo Faria
Se ninguém vai ler, para que escrever? Saberemos lá...
Saber-se-á.
(No som da Cambada Mineira)
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Borbotões de senões entre as borboletas que se esgueiram nas flores que floreiam jardim qualquer. Nua, a mulher margeia a verdade que inexiste na vida. Já o homem transita entre o trânsito louco de memórias e histórias mil. No ninho improvisado no concreto, a andorinha voa e vai e vem num vaivém para alimentar a prole de bicos abertos e sons de piados e pios. No parafuso mental que uma paráfrase (seja lá o que isso for) faz, a ilusória memória de tempos no atrás do detrás. Na demência da ausência que se debate entre vozes esquecidas e vinho, o ventilador de teto tateia as lembranças para revolver o que não há como resolver. Talvez um revólver, um fósforo incandescente, um exército de idiotas a gritar o simplório volver. No som que sai dos alto-falantes, Fernanda Takai pede um dia ao menos na vida do amor perene. Como fosse a volta do passado feliz e amargurado, o texto testemunha que folhas amareladas esmaecem ao sol que propõe tudo brilhar. Tudo a relembrar um dia, talvez. Na tez que amanheceu em dor, um porto tão longínquo como o de Fez. Aos náufragos das tormentas da vida, na frígida bem-aventurança que a loucura dá, talvez um pedaço de ilusão, uma calmaria que muda rotas e réstias (quando as velas da felicidade se recolhem em solidão), rostos em ritos de restos, porque não...
Por Ronaldo Faria
A Primavera está à vera a ver
o calor que vem do céu e brota do chão. E respira quase por aparelhos parelhos
entre a sanidade e saudade que estariam guardadas em algum lugar. Ao som de
Cazuza, na quase penumbra do anoitecer que se faz a tecer na imensidão, surge
Doralinda a ser amada de amor e paz. No quadrilátero que o ventilador transpira
vento e fé, o poeta passeia ente si e o mundo. No balcão da eternidade, a pedra
que é apenas vidro e parecia turmalina. No futuro, o furo do cheiro que se
mistura em mar e creolina. Na janela aberta não resta nem uma nesga de
claridade finda...
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Cansado da vida, magoado com o
tempo que não lhe avisou que o derrear iria chegar, Raimundo andava de bar em
bar na busca da cerveja gelada, da vida passada, da nostalgia que a orgia em
devassidão um dia foi feita. Acobertado de um tempo que há muito se foi, mesmo
que perdido entre medos e devaneios que chegam a cada copo perdido, o homem
caminhava cambaleante nas esquinas que a própria sina ensinava que nunca mais
deveria se emaranhar. Mas qual, sua decisão não era a errada e atávica sina do então.
Há muito ele vivia entre o perdão e o senão. Misto de fugitivo e ser altivo na
altivez que a loucura dá, à certa altura descobriu que o esmeril era cego e sem
fogo a brilhar.
Do lado de lá, muito longe da paixão, perto de cifras e cifrões, ia Adélia, formosa passageira das tragédias que a vida dá. Não haveria como culpá-la daquilo que a loucura trouxe no berço da imensa e derradeira centelha que a loucura traduz em fim. Nua, a se despir de trajes e andrajos, a mulher vai a entortar suas lembranças e andanças, numa comiseração sem fim. Na perfídia que nem a ferida mais profunda traz, a tradução de um sonho que se abstrai. Atrás de tudo, no mais profundo e enigmático enfim, um conto que o tempo dá o desconto do encontro atrasado e calado na esquina antes da viagem tardia, a certeza de que o passado é um eterno retardo. Na história de cada um, aforismo de lugar nenhum.
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria
Por Ronaldo Faria - Você só pode estar de sacanagem querendo que eu vá ao enterro da Jacinta. Sinto muito, mas eu é que não vou! - Mas, C...