terça-feira, 29 de julho de 2025
Mel Tormé & Tony Bennett: os estilistas da canção *
segunda-feira, 28 de julho de 2025
A pensar em pitibiriba longe de Pirituba
Por Ronaldo Faria
sábado, 26 de julho de 2025
Outrinha felizinha, com Caetano e filhos
Bustamante, amante colérico eclético, estava casado com Clotilde, besuntada de mel e lua. Diria até que era algo que não há palavra apalavrada para cultuar ou explicar. Era! Apenas era, feito hera que nasce de repente num rompante. Isso bastava.
Eram casal acasalado no maior primor, mesmo tivesse ele voz anasalada. Meio gordinho e fanho, ex-favelado largado, alargado pelos aros de luz que chegam logo depois da escuridão nos buracos do teto de zinco, Bustamante sentia-se órfão infindo nos braços de Clotilde.
Ela, donzela de um cavaleiro só, dessas que zela seus orifícios apenas para o amado, vivia a sambar no lar. Mesmo com sua vida fora das paredes, como benzedeira da paz, Clotilde vivia a vida a brincar de vestido que rodopia na barra que a saia faz subir até o joelho no luar.
Loquazes, algozes de si mesmos, feito amor a esmo, brincavam todas as noites como animais que convergem num açoite à volúpia que a coruja, atenta, tenta decifrar. Viram uma meiose que o poeta, na sua ignorância bíblica e real, sabe lá o que pode ser ou será. “Meinha pode ser?” – pergunta o depravado que Carlos Zéfiro fez feliz em gerações de um século atrás.
Viventes e crentes, emergentes de lembranças infindas nas findas esferas que as mais bestas feras entrelaçam nos pesadelos noturnos, eram um só. Sem dor e nem dó. Caçadores de urgências frígidas, frágeis seres, volúpias efêmeras, sabiam traduzir a vida. Crianças cruas naquilo que o mundo traz e dá, eram e são anciões nas loucuras que as agruras de cada dia deixam como semente para brotar.
Logo, se amaram e se jogaram nos precipícios que nem os prepúcios ainda virgens sabem onde vão adentrar. Entre lábios que se misturam de bocas e línguas e aqueles que ficam escondidos nas pernas da mulher, foram em desterros a se entregar. Onde? Em qualquer lugar. Afinal, quando você tiver vontade de se largar, faça-o. Face na face. O resto, proscrito céu com gosto de mel, saberá criar nuvens fugidias à loucura do amor. Senão, valeu a intenção no tesão que nesse momento, feito minueto, é apenas sentimento de Orfeu.
quinta-feira, 24 de julho de 2025
Na vibe de Vander Lee
Cego em seus egos vesgos nos périplos, Gumercindo vociferava a lavra de quem caminhava entre nuvens ou preamar. Na canseira de se achar, proliferava matizes no que hoje se chama expertise. Experiente nas estradas famélicas que nem as velas sabem iluminar, brinca de brincar na irreal crença de ser ou estar. Nos goles de cachaça rechaça a tristeza que teima em chegar para se aconchegar.
De olhos vívidos e brilhantes, borbulhantes, Catarina tinha nas retinas a mansidão. Entre a vastidão do mundo e a devassidão da vida, ia no seguir de ir e vir. Na prece de quem não tem pressa, passeia incólume na luminosidade da cidade que vive, gira e roda. Dá mil cambalhotas. Deixa versos jogados no chão em reviravoltas. Se entrega. Ou será entrega-se? Para ela, pouco importa se tiver de cruzar mais outra porta.
Agiota de voltas e reviravoltas, Gumercindo é talvez mero pretérito imperfeito, seja lá o que isso for. Na dor do analfabetismo do destino, sabedor de sua ignorância plástica e lacônica, platônica quiçá, segue agora no torpor da hora.
Menina que surge feito crisântemo que flora e aflora lá fora, onde achamos enxergar, Catarina cata sílabas e gestos, tece frases e versos, caminha no alvorecer. Na sua estrada calcinada em que o silêncio é nada, apenas surge em todo esplendor.
No fim, enfim, na efeméride que se escreve sem saber, se juntam e se untam de paixão. E fica apenas o poeta, apostata de qualquer fé, a viajar nas suas trevas que se entrevam e se entregam no muito que parece ainda pouco em toda imensidão.
terça-feira, 22 de julho de 2025
Predestinação na procrastinação
Por Ronaldo Faria
-- Angélica, onde está você? Cadê aquele amor que invadia a madrugada e viajava pelos mais loucos lugares e camas desforradas como rosas defloradas no vento para o nosso alento? Que fim levou nosso amor? De herança ficou apenas essa infinita dor?
Wanderley, parado diante do sinal que piscava vermelho para o carro da cena parar, viajava na maionese própria, antípoda da felicidade. Amante que já fora arfante entre lençóis do antes de sóis, seu caminho era hoje um descaminho franzino. Pequeno diante das mágoas do mundo e gigante na solidão sempre a renascer, quase menina.
Andarilho de estribilhos, equilibrista de trilhos, mergulhava nas próprias palavras para tentar se fazer entender. No cerzir de atalhos, caminhava na busca de ser. Ébrio contumaz, pouco ou nada loquaz, vivia nos seus oceanos a tentar algum porto de continente qualquer alcançar. De bússola, seu soluçar. Logo ali, na esquina onde se escondia a próxima sina, a luz solidária do olhar perdido. No anhangá em todos nós, nós que se desatam na madrugada escura.
-- Angélica, em que deriva de maré a tua jangada se desfez e adernou na dor? E me deixou aqui, grumete de nenhuma viagem a buscar alguma galé. Aonde navegar? Em que tormenta naufragar? Talvez no mar infinito em díspares rotas de insensata imensidão.
Sabendo-se eterno catador de conchas tronchas e quebradas, com os pés da amada ali do lado, dança agora um fado. Sem par. Para Wanderley, o mundo é globo sem lei. Mas, talvez, a da gravidade exista na grave verdade do mar que não despenca universo a fora. E assim ele vai. Grandiloquente sem a trema que dava sabor à trama de escrever. Na taberna quente onde faz a verve verdadeira transpirar, suplica por sirenas, sereias ou até a sirene de ambulância que traga Angélica, mesmo estropiada e escalafobética, para sua parca fonética. Mas, como todo canto ou conto barroco, virou somente mais um escritor escroto para quem é aquele que não sabe sequer ler.
domingo, 20 de julho de 2025
Ray Charles, a essência musical de um gênio *
sexta-feira, 18 de julho de 2025
No cantarolar
A cidade, na sua idade antropológica e própria decadência, se esfacela e se esfarela feito quirela de pão. Quisera sabe dizer que tudo terminará em procela. Mas qual... Num quarto e sala, João se apropria do passado e corre feito louco das lembranças de infância. Nessa instância, o psiquiatra junto com o geriatra diriam: “Interna, é caso perdido”.
Mas João não liga para a essência de ser hermafrodita. Na desdita, se entrega ao desdém da vida. Vinho português na taça, traça a comer seus alfarrábios, viaja nas letras e versos. Faz-se reverso na crença de que estará ao amanhecer, como disse o poeta, pra lá de Marrakesh. “Amanhã a gente vê a merda que vai dar”.
Incenso de arruda aceso, dois novos santos africanos no santuário (uma com a navalha que corta o mal e o outro que faz novo ciclo chegar no tempo), na certeza de pesadelos logo mais, João se embrulha solitário feito sabugo na palha do milho. “Vim só caminhar nesse mundo e só irei embora.” Lá fora, o aforismo de falácias e dramáticas histriônicas histórias. Atônitas, células dançam um tango/bolero qualquer.
Na cidade, cheia de iniquidade e dramaticidade que enche o roteiro de amantes e poetas, homens e mulheres se juntam, se separam, reparam que estar junto pode ser coisa boa ou mazela. Na esquina, quimera de prosopopeia, um personagem que por obrigação da rima se chama Zélia.
Chico sem sobrenome deu sua sentença. O resto logo irá virar resto sem opção ou oração, senão.
quarta-feira, 16 de julho de 2025
Pra esquentar
terça-feira, 15 de julho de 2025
Charlie Byrd e a música brasileira *
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Friorento e acalantado
Por Ronaldo Faria
Faz frio. O corpo tem arrepio
e não se ouve da coruja sequer um pio. Ela está entocada numa toca qualquer, a
tentar agasalhar seu pé. Na rua, casais se agarram e se juntam mais do que o normal,
como fosse junho o início de mais um Carnaval. Quem sabe a roçar pernas e braços,
com tantos alentos e enlaces, aconchegos e abraços, não se consiga fazer a
noite perpetrar o resto de sol e fazer o mundo esquentar? Mas qual, na Terra
não há mais lugar para anjos. Os demônios que passeiam nas esquinas e camas
fazem da lua seu réquiem e ruminam a estapafúrdia certeza de que não vale a
pena viver.
As janelas fechadas para as
fachadas cinzas e cheias de concreto armado parecem armas prontas para dispararem
no disparate que vem a cada gole de vinho tinto. A tintilar nalgum lugar perto,
moedas caem do bolso do avarento que deixou de pagar a conta de luz. Sem aquecedor,
vive a bater seus dentes e ranger ossos na plena dor. O odor em volta é de
restos de comida carcomida por vermes que aprovaram o fim do frio no
congelador. Deitado no sofá, soturno e alquebrado pelo tempo, Gumercindo é um
gourmet da tristeza, quase um comensal. Lá fora, afogada em formas e versos, vive
Beatriz.
Desejada por todos aqueles que
a conseguem ver ou enxergar, está a ler um livro de poesias, desses que se lê
junto com café quente num boulevard. Quase desnuda, sob as cobertas que chamam
de edredom, sente sua pele tocar o cetim que serve de lençol. Seus raros pelos
brincam de levantar numa estática e elétrica estética a quem gostaria de estar
ali, a servir de calor à falta de pudor. Beatriz, que Michelangelo teria
esculpido em tamanho real e desejo irreal, sabia que vive nos sonhos e
pesadelos de homens e mulheres mil. Mas, agora, na fria noite que se atira
gelada, é apenas um pedaço de sina.
“Cretina, por que me deixou?” O
grito de Evangelista sai de uma lista de impropérios etéreos que surgem da sua
garganta seca e perdida na derradeira mesa de um bar. Ébrio desde menino, famélico
e magrelo, se fosse visto de lado ninguém o enxergaria. Aliás, mesmo de frente,
bem defronte que seja, ninguém o vê. Mas ele não liga mais para isso. Submisso
às lembranças de infância, refém do amor de Maria, é outro Zé na fila do bonde
que há muito deixou os trilhos enferrujados. Penitente renitente de uma oração,
dessas que se recita nas procissões, apenas espera o garçom expulsá-lo do
lugar.
Mas na boate que funciona no
meretrício em tênue luz vermelha plena de devassidão, Joana gargalha ao último
freguês. “Esse albanês é uma besta de pinto pequeno!” Bento, segurança do
local, ri também. O turista, de nome Vasil (não vaselina), sequer entendia o
que os gentios falavam. Feliz pela noite tragada e entumecida, pagou em dólares
e partiu. Seu navio iria sair logo no amanhecer. Para Joana, a trama tinha
findado. Era hora de tomar mais um trago, por conta da casa, seguir para o
subúrbio e dormir. A névoa gelada ao derredor não sabe ver ou ler a sua dor. Daqui
a pouco, novo retomar do mundo louco.
Um dia Gumercindo encontrou Joana a trabalhar e logo descobriu que era nela e nas suas pernas que seria feliz. Catou cada vintém que tinha escondido debaixo dos tacos de madeira e entregou um a um à sua nova amada. Ela, estupefata com tal querer, adotou o homem e prometeu morar com ele, desde que esse pagasse a conta atrasada da Light. No dia seguinte, na fila do Serasa ele estava lá. Já Evangelista viu Beatriz numa livraria tosca na busca de nova leitura atávica. De lado, para que ela não o enxergasse e se assustasse, não acreditou na cena e demasiada beleza. De repente, ela lhe tocou o ombro: “Sabe onde eu encontro Baudelaire?” Foi amor à primeira pergunta e o esquecer eterno de Maria.
Hoje os quatro vivem os dias frios a trocar cobertores, chaves de aquece/esquenta no chuveiro e brincadeiras que surgem depois de garrafas de vinho, conhaque ou bourbon. No interior da metrópole que aos poucos vira acrópole, vão tocando seus dias entremeados de madrugadas onde cada respirar faz fumaça das gargantas brotar. E o tempo e os minutos passam no relógio, perpassam novos aniversários e a certeza de que a esteira da história não para de rodar. Lá de cima, bem acima do celeste luar, alguém ri de seus personagens e daquele que, quando o sol chegar, estará a descobrir como nova ressaca suprimir.
(Ao som de muitos músicos e canções)
sábado, 12 de julho de 2025
Edu que foi e eu logo me acho lá
Por Ronaldo Faria
-- A todos nós, loucos no tempo que a terra deu pra estar, a certeza de que cada ressaca valeu o tempo que se fez em si, sem invólucros, estar.
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Arrigo com Lupicínio
Por Ronaldo Faria
A frase de Apolinário, que nunca fora otário na vida (apesar de assim uns imbecis o acharem), apenas se escondeu no personagem atávico e quase trágico de uma música que Lupicínio Rodrigues assina. Sentado e quieto, ereto ainda, ele revê e vê os tempos áureos e plausíveis, sensíveis e críveis, ou como diria Lupicínio, quando os espelhos lhe dão conselhos.
Na cama, azáfama e vestal, o personagem imaginário e etário vive as juras largadas e versejadas do ultimato trágico e fugidio. Para ele, parafraseado em cada nota da canção, toda a nota belisca seu coração. Proscrito e escrito o tal dito no ditame infame do versículo maldito. No palco que aplaca a falta da falácia que deixa a barganha buscar a felicidade na tonalidade melhor para o bálsamo que se refaz a cada doce beijo doado e doído nos lábios que nunca mais se verá nos versos. Quiçá, novos amores se descobrirão. E cada vida se verá na transgressão da iluminada realização.
-- Escrever mais, por quê?
-- Sei lá! Talvez porque na geladeira ainda há algumas latas a beber.
-- Ou talvez dependa apenas daquilo que você queira falar e dizer.
-- Pode ser...
No palco nostálgico, que já está difícil descrever ou prever nas pernas da mulher que se alisa a cada estrada que poderá chegar, a sina. Tudo como uma metonímia, seja lá o que isso quiser ser. Ao resto, talvez um saravá. Mistura de letras, sílabas e palavras, frases desanuviadas, desvairadas, declamadas por um bêbado qualquer. Na fé, façamos a tragédia que a comédia emerge nas águas lavadas. Catatônicas, afônicas, tragicômicas, atônitas, as deixemos tornar desejo em louvor.
terça-feira, 8 de julho de 2025
Uma croniqueta feliz, pra variar
Por Ronaldo Faria
No brilho do mar que a todos nos damos e se dá sob a luz da claridade ou de uma rã, como diria o poeta das notas, Donato, vai o casal acasalado de há pouco e, como todo amor afoito, louco para se recriar no coito. Seus corpos, avermelhados do sol amarelo, brilhantes nos grãos que a areia permeia e dá sem cobrar um tostão, se espalham e se espelham entre os fortuitos olhares daqueles que queriam estar ali naquele lugar. E continuam voláteis a caminhar e flanar no asfalto de 50 graus à sombra. Logo irão se aninhar em dois num só, sem dó. Se amarão, se agarrarão, irão se dispor à felicidade de dar e receber, crer e encher de beijos os queijos que serão servidos e sorvidos a cada novo café da manhã. Farão promessas mil, catarão espigas de milhos perdidas em plantações de girassóis. No após? Não querem nem saber. Como diria o profeta: “Que o futuro vá se foder!” Com João Donato, neste ato curto e prático, a prática de querer (ao menos nos teclados) ser feliz...
(Ao João Donato)
domingo, 6 de julho de 2025
Uma hora de jazz com todo mundo *
sexta-feira, 4 de julho de 2025
Indagações táteis e fúteis
Por Ronaldo Faria
O que fazer ou refazer no extinto e retinto prazer? Que diásporas e
fugas criar? Entre perdidos e achados, autoproclamados suburbanos derreados,
como reaver a vida nas longínquas estradas de ser ou não ser? Nos provérbios
que os verbos dão, desvão e raros versos.
No passado próximo, entre o ócio e o pior beócio como mentor, o homem, na verdade eterno menino que teima em não crescer e ver o mundo como ele é, viaja feito subalterno nos porões do lisérgico barco sem rumo ou lugar a chegar. A se largar, num lagar etéreo e heterogêneo, homônimo do mais heteronômico ser, se lambuza de si mesmo na luta de cinco contra um. É apenas alguém a sorver pernas e penugens púberes num perrengue lunar. Bêbado de poucos goles, parcimônia de si, hecatombe à espera de se contemplar e se completar, locupletar. Para o futuro, esse fortuito clamor da dor, pouco saberá. Cassimiro é mistério e etéreo ser.
Na efeméride que o proselitismo dá, viaja voraz e incendiário no diário quaternário que somente os loucos e trôpegos sabem trazer e ler, entreolhar, no tardar. É um a mais nos tantos bilhões que caminham em descaminhos nas trilhas que a jusante da maré dá. Ao Deus, algo se fará. A perder chinelos, foder em sonhos famélicos de amor, derrear em qualquer lugar, sorver banquetes inebriantes e roer ossos de pés de galinhas mortas e pútridas, Cassimiro voa feito andorinha de uma asa só. Refeito e contumaz prisioneiro de seu passado sem cor, pintado numa aquarela que não pega pincel ou hidrocória disseminação, ele apenas refaz nas suas nuas cenas as penas que não cobrem seu corpo torto e roto. Quando com penas coladas com cera chegar perto do Sol, cairá feito mitologia num imenso e inequívoco mar. Se afogará de felicidade ou maldade e, por fim feliz, viverá a marejar.
Na viagem
Por Ronaldo Faria Viajante de suas loucuras diuturnas, quase equidistante entre a vida e a morte, Januário persegue qualquer polis que vire ...
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Por Ronaldo Faria O CD Cazas de Cazuza – A Ópera-Rock é de 2000. Dez anos após a sua morte, vítima da Aids. Dos discos que homenagearam d...
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Por Ronaldo Faria -- E aí, vamos? -- Claro. Só se for agora... Carlos e Kelé, amigos de infância, suburbanos desde os primeiros panos de ...
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