Por Ronaldo Faria
segunda-feira, 16 de junho de 2025
Na peixaria da vida
sábado, 14 de junho de 2025
Se é pra ficar doidão, foda-se o que irá chegar
Por Ronaldo Faria
quinta-feira, 12 de junho de 2025
Frasinhas bestinhas e abestadas
Por Ronaldo Faria
terça-feira, 10 de junho de 2025
No papagaio ouvinte
Por Ronaldo Faria
domingo, 8 de junho de 2025
O excêntrico som do Manhattann Transfer *
sexta-feira, 6 de junho de 2025
O garfo, a faca e a natureza
-- Garfo, tem certeza de que você quer catar a comida desse prato?
-- Que pergunta, faca. Claro que sim. Senão, você cortou pra quê?
-- Essa é a minha função.
-- Portanto, faço igual. É a minha também.
-- Então somos tão somente duas criaturas com funções predestinadas a cumprimos nessa vida? E mais nada...
-- Creio que sim. Um corta e o outro cata o que tiver de catar do cortado.
-- Mas, que merda! E se eu quiser entrar na boca das pessoas depois de separar pedaços de qualquer coisa juntada?
-- Como assim? Quer subverter o que já está predestinado? Por acaso és comunista? Lembre que fomos feitos num regime democrático!
-- Feitos por operários mal remunerados e entregues às periferias da vida?
-- Não estamos aqui para fazermos doutorado em sociologia. Nossa função é alimentar.
-- Eu sei, mas não posso ao menos delirar? Existir só para serrar é foda!
-- Então tivesse pedido para nascer colher. Dá um tempo!
-- Cruzes, que bravinho. Você ao menos toca línguas, bate em dentes, vê a garganta, sente o calor de bocas e se sorve da saliva.
-- E encontro dentes estragados, mau cheiro e pessoas que engolem direto. Ou seja, mal posso curtir minha função.
-- Tudo bem, seu sofredor de alumínio. Vê se então fica de boa agora que o cliente sentou-se à mesa.
-- Cruz em credo, um outro daqueles que vêm aqui para encontrar a paz. Vai cantar, beber pra caralho e comer devagar. Quer dizer, banho com detergente, sabe-se lá quando vai rolar. Se der merda, nem voltamos aqui para o jantar.
-- Caguei. Não aguento mais serrar...
-- Por acaso você está menstruada por cortar carne mal passada?
-- Vai tomar no seu cu e se foder!
Acima, as árvores que cobrem o restaurante na beira do rio balançam suas folhas que riem do bate-papo dos dois. Feliz e quase zen, o turista fotografa a cena. Mas, surdo ao redor, não ouve o garfo e faca dizendo que nunca mais irão trepar. O momento, sem lamentos, é de delirar e curtir o paraíso que, raras vezes, o mundo dá.
quarta-feira, 4 de junho de 2025
Vai só um, por favor
Por Ronaldo Faria
terça-feira, 3 de junho de 2025
O essencial talento de Rosa Passos *
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Pariu-se. E daí?
Por Ronaldo Faria
sábado, 31 de maio de 2025
Dúvidas e dívidas
Por Ronaldo Faria
sexta-feira, 30 de maio de 2025
Entre afetos e desafetos
Por Ronaldo Faria
quinta-feira, 29 de maio de 2025
Procrastinação
terça-feira, 27 de maio de 2025
Na dor, minha dor primeiro e só
domingo, 25 de maio de 2025
Teatro, jazz e obras primas: West Side Story *
sexta-feira, 23 de maio de 2025
Carne e osso com Xangai
Por Ronaldo Faria
Louco e trôpego, no tropel do gado que caminha em quatro patas para logo ser dependurado e rasgado de cima a baixo, Mariano tosse engasgado com a poeira que sobe do chão em grãos invisíveis ao olhar. “Logo tudo isso irá acabar”, pensava. A partir daí será Mariana, sua amada. Aos dois, na cama do colchão de espuma de capim, o introito roto e saudoso mesmo longe do mar desagua na sanfona primeira ou derradeira. À turbulência da ausência, a premência urgente que a gente nem sabe dizer e se faz paulatina na latina crença de que a felicidade será prenha para um dia nascer. Ser no próprio ser, o enternecer libertário da razão de crer. Na latrina, desce a crina do cavalo que trota casco depois de casco no cascalho. Tosco e absorto em si, transverso e no amplexo reto e ereto no sublimar de desejos e ensejos, Mariano faz da sua voz a derradeira trama do fim do drama que é viver num mundo fecundo de abortos de ser...
Com os Paralamas do Sucesso e a porra de uns óculos que não dão pra ver a tela direito
Por Ronaldo Faria Óculos trocado porque o outro estava embaçado. Na caça da catraca de continuar a viver ou da contradança do crer vai ag...

-
Por Edmilson Siqueira Sergio Mendes é, sem dúvida, o mais bem sucedido artista brasileiro no exterior. E não só nos Estados Unidos. Seus di...
-
Por Ronaldo Faria O CD Cazas de Cazuza – A Ópera-Rock é de 2000. Dez anos após a sua morte, vítima da Aids. Dos discos que homenagearam d...