Por Ronaldo Faria
Ao Boca Livre, a boca oca a desvirginar presenças e ausências, carências e insolvências de sabores e cheiros, no esmero que vive em crer que tudo poderá ser. Quase um suspiro entremeado de versos e calafrios. Canseira de se entrever no frio. Certeza de desvirginar o cio. Na boca livre, mistérios a se entreverem raros num século passado e inaudito. Fica, portanto, o dito pelo não dito, aflito e afoito, desdito. Na alma que se desgarra, em falas e falências, falácias múltiplas, o antever de um tempo qualquer ao esmero do que for ou vier, a viver...
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