Por Ronaldo Faria
Aborígenes de uma terra perdida,
fodida, ardida, maldita, mal vista, quase fascista. Paralelepípedos de uma
estrada inaudita onde ninguém passa ou sequer crê que haja saída. Forasteiros
em fortuitos e quase poemas, quiçá mero fonema perdido, são a barbárie da
solidão e da servidão. Senão, como diria o poeta, meros araçás e bananeiras. No
universo que o verso traz, transverso epicentro do maculelê. Na fresta do sol
que resta, a retidão da poesia se acomete de minúsculas letras para virar algo
factível. Certamente, o primeiro hominídeo terá dito em rima seu amor à amada
que não entendia, porém, nada além da noite tardia. Hoje, quase mesmo e assim igual,
em assimétricas e estéticas práticas, um pedaço de Méier e outro do Leblon se
juntam a humanizar a saudade tardia.
Veganos no mar de sangue que escoa pelos bueiros das ruas vilipendiadas e navegantes bastardos e afogados em turbilhões de emoções e unções, surgem os salvadores da pátria apátrida, partida em poucos pedaços de corpos triturados e calcinados, esperanças vivas e viúvas de mantras forjados ao acaso. Neste caso, os prazeres têm cheiro de bosta e jasmim, a depender dos narizes e do jeito carmim. No entremeio que o veio não traz ouro, o absorto aborto do bem-querer. Talvez uma lua tímida, a ferir as nuvens que não se fizeram de chuva úmida, a tez brejeira da mulher derradeira, a fome que o mundo nunca saciará de sorver. O sofrer é quimera e espera de esperança morrer. Nos passos derradeiros, o coito salvador que a realidade, maledicente, chama de soberba e estrupício.
Veganos no mar de sangue que escoa pelos bueiros das ruas vilipendiadas e navegantes bastardos e afogados em turbilhões de emoções e unções, surgem os salvadores da pátria apátrida, partida em poucos pedaços de corpos triturados e calcinados, esperanças vivas e viúvas de mantras forjados ao acaso. Neste caso, os prazeres têm cheiro de bosta e jasmim, a depender dos narizes e do jeito carmim. No entremeio que o veio não traz ouro, o absorto aborto do bem-querer. Talvez uma lua tímida, a ferir as nuvens que não se fizeram de chuva úmida, a tez brejeira da mulher derradeira, a fome que o mundo nunca saciará de sorver. O sofrer é quimera e espera de esperança morrer. Nos passos derradeiros, o coito salvador que a realidade, maledicente, chama de soberba e estrupício.
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