Por Ronaldo Faria
Já que a morte é próxima e próspera, num chegar de cinzas deletérias e etéreas,
vamos continuar. O cavalo ainda aguenta, meus santos da escrita.
Na mesa o homem pensa se já
está bêbado o bastante ou outro bastante poderá ficar. Quem saberá? No ar, Gonzaguinha
e Gonzagão. E voltam saudades de infância, fragrância da distância de estar
longe do medo, envolvido em trapos de coberta, a saber que um dia se largará
entre facadas que convivem em pesadelos até hoje.
Mas o que são memórias, essas
imemoriáveis causas de indecisões e decisões? Serão mágicas magias ou palavras
impávidas num colosso? Talvez um Rio Real que irá desaguar no São Francisco ou,
quiçá, no meio do mar. Na vida de arapucas e poucos pássaros a cair nelas, a
saudade, essa palavra cheia de maldades e finda em si mesma.
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