Por Edmilson Siqueira
Já escrevi aqui sobre o grande João Bosco, um compositor e cantor que já marcou definitivamente seu nome na história da MPB e, provavelmente, escreverei outra vezes mais. Hoje, vou comentar um trabalho dele que é, sobretudo caseiro. E, nem por isso, obviamente, perde a qualidade que ele sempre colocou em toda sua obra.
É caseiro porque as treze faixas do CD são de autoria de João Bosco e de seu filho, Francisco Bosco. Estou falando de "As Mil e Uma Aldeias", nome que também é da primeira faixa do disco.
Mas a música de João, de raízes brasileiras, sempre, é universal. Sem qualquer preconceito, João faz boleros, rocks, tangos e qualquer outro ritmo, tudo sempre de uma qualidade ímpar para encanto de seus milhões de fãs no Brasil e no exterior.
Após "Mil e Um Aldeias", os temas vão desfilando como uma verdadeira viagem num balão que voasse pelo mundo. "Califado de Quimeras", "Convocação" (com um berimbau na seção rítmica), "Arpoadora" (de influência jobiniana), "Das Marés", "Cora, Minha Viola", "Enquanto Espero", "O Medo", "O Sacrifício", "Prisma Noir", "Me Leva", "Jazidas" e "Benguelô/Metamorfoses" compõem o painel que João e Francisco Bosco nos ofereceram há 25 anos e que continua atual e muito bom de ouvir.
O resultado da união "familiar" e de tanta gente boa só podia ser ótimo.
O CD está à venda nos bons sites do ramo e pode também ser ouvido na íntegra no YouTube em https://www.youtube.com/watch?v=tmZIACsKZRU&list=OLAK5uy_m1rlLOgOKCzj0rKauqiGucHn-cW5JRYKY .
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