Por Edmilson Siqueira
domingo, 16 de fevereiro de 2025
Rádios do mundo
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
Para dar um fim neste final de “bebedeira” ou bobeira
Por Ronaldo Faria
Nessa hora já foi. Já Elvis. No som, Angela RoRo. Na efeméride do fim até o começo, o tropeço. Na volátil maneira, a suculenta asneira.
Agora rola Gal que fala da palavra errada. No signo nenhum, o tal papo de otário. No lavradio do alfabeto, lugar para Paula e Bebeto.
No feto da afetuosa mandrágora que se desenha prenha, o rolar de esperas. Quimeras também fazem parte da alquimia fria e fugidia.
Zé Rodrix veio dizer que precisa de uma casa no campo. Nos trâmites do destino, somente um pássaro a acreditar que ao longe poderá ainda voar.
Lennon e McCartney revivem o mundo na voz de Milton Nascimento. O novo possível lamento far-se-á tormento no unguento do tempo fugaz.
Aos poucos a pérola negra de Luiz Melodia toma a trama de amar. No pulsar do coração em sopros, tropeçamos aqui e ainda mais acolá.
Na solidão da solicitude que a loucura dá, o girassol tem a cor dos cabelos da amada. Só para escrever o que nunca penso fiz, heterogênea viagem.
Como mestre-sala dos mares que não vejo há tempos, glória ao cantar passado que diz que não erramos em sermos autênticos e beneméritos.
Agora chega Jorge Mautner, mestre de um maracatu atômico e clarividente, temente em escrever no quadro negro que pode haver o mínimo de apego.
Pausa para repetir Mautner. Que o seu violino se volatize para a eternidade diante da maldade intrínseca e seca no ultimar do pseudopoeta eletrônico.
No amanhã, decerto, terei sofrido por ainda não ter comprado a imagem de Iansã. Quem sabe o futuro financeiro me seja altaneiro. Se não o for, a mãe há de entender.
Afinal, tudo é divino e maravilhoso. Não o fosse, Belchior não teria mentido pra nós. E há coisa melhor que beijar os lábios da amada no escuro do cinema sem ninguém nos ver?
Como nossos pais, padecidos, desaparecidos ou vivos, não há o que falar ao grande amor. Afinal, viver é melhor do que sonhar, ou é isso que Elis nos marcou à vida.
Num chão de giz, riscado sobre o asfalto molhado e negro, um pano de guardar confetes é a única verdade que a saudade nos dá e traduz a loucura emergencial.
Às tantas pretas e pretinhas que beijei na testa, minhas desculpas se elas eram brancas ou branquinhas. No meu tempo de carinho e baianos não há cor para delimitar.
E se os alquimistas realmente chegarem, como pregou Jorge Ben Jor, que a sua presença nos traga anuência na ausência que o mundo hoje faz questão de postar e proliferar.
Por fim, no bicho que o bicho de sete cabeças me fez chegar até aqui, no novo dia de nova estação, um bom dia à revelia dos pesadelos que a partir de agora surgirão.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
O dia seguinte e o subsequente
Por Ronaldo Faria
O dia seguinte é sempre o preço a ser pago. Mas, ao apreço da criação,
haverá melhor padecer que girar em 180 graus o tempo do norte ao sul e viajar
na ausência que a premência traz?
Na night, suburbana e aleatória memória além de um ademais, o trem transita em trilhos que levam vidas e pesares mil. No frigir de ovos, ovnis e óvulos, o passado volta em beijos mil e buscas do senil querer ser. Na eletrola ou vitrola, fichas agora caem no orelhão que consome frases e sentimentos em tormentos loquazes. Na central da telefônica de cabines e segundos que pingam vorazes, palavras curtas e contumazes. No barulho de ligar o Windows cadavérico em seus disquetes sem esquetes prévios, o sofisma insofismável de vencer milhares de quilômetros que odômetros fariam em várias dezenas de horas. No bar natural e floral, batuque que o ding e o dong, num dengo rosa de veredas tropicais, faz junto no derramar do mar que não há. Aqui e acolá, a certeza de que o tempo não se desfez menestrel.
Na república de três quartos,
opacos e fátuos de forma presencial, o limite entre o ser e o letal. Copos
quebrados e salvos, sálvias em chá e ervas verdes e alucinógenas a darem o
momento e o prazer. Uma rede onde o corpo em torpor se deita para amar e
deleitar o que a vida traz. Talvez a tez da amada a lamber em línguas e tesões
o corpo agora torto, tensões promíscuas e lúdicas a gravitarem em vazios
espaços calculados. Possíveis cálculos renais ou daqueles que nos fazem
prescrever receitas tardias de um acerto, deixemos para décadas depois. Agora é
hora de brindar a madrugada tragada e sorvida, de revolver canções e unções,
comer pratos e pródigos corpos, se deixar comer. Na liturgia do relembrar,
passos, jurisprudências que nos livram no crime de pecar, o salivar que volta a
dizer que erramos mesmo sem querer.
Mas nessa hora, nos bares agora inexistentes, a saudade emergente que se esvai solitária e frágil. Cafonice de um boneco pendurado no retrovisor, do arrancar o toca-fitas do carro ao estacionar, caminhar na madrugada sem medo de definhar na calçada com um tiro na cara. Talvez a rima que deixa o pombo mais rápido que o correio que nos dava dias de dor a esperar as linhas da amada. Afinal, no desencontro é que se junta o livramento de um mero lembrar. Assim, como faca amolada, a entrega de se saber nada. Por fim, na malfadada lembrança, a moça no chuveiro dependurada no corpo do homem, o trem cheio de barro e gente com suas galinhas. Ou a frágil amada a quem o pesadelo acorda na cama do seu desmazelo.
E assim, entre um não e um sim, que cheguem o aconchego de ladeiras, campinas mil, espaços grassos, derradeira certeza. No depois, quando a gente descobre que o cano é de plástico e não de cobre, que surjam as águas fugitivas da vida e se entreguem ao chão sobremaneira. Na noite que floresce como fosse brincadeira de eira e beira, a solidão que à porta bate certeira. Portanto, na bancarrota que a rotunda do palco da vida dá, a doidivanas e célere lembrança do retrato que, sem trato, já amarelou. Por aqui, na busca de juntar frases múltiplas, o parágrafo que podia ser ágrafo tivesse nascido proscrito, vamos a subscrever o antever do dia que se diz amanhã. Na sorte que ninguém explica um Zé Ninguém se sente pica, não morto...
(Ao som dos Anos 80)
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Vozes femininas
Por Ronaldo Faria
Lavínia, lavra de seu próprio plantar, leva a rotina de transitar entre a tarde de calor e a noite que se veste de luar. Mulher e matrona, criança e pudica virgem que se entrega ao amado ao som de um fado, vai no passo tragado de passos no passadio que há entre a certeza e o desvario. A cerca-la, cheiro de perfídia e amora, amarras do imenso findar.
Enquanto caminha, prenha de devaneios e maiôs que se enchem de sal nos oceanos que margeiam o tempo restante, Lavínia lava a alma de perfumes e parcimônias. No seu frágil e frígido calor, fronte defronte dos lábios do amor, recebe o corpo torto que se atira na silenciosa trama de ser. A viver mambembe e fugaz, torna-se etérea e capaz.
Para ela, uma coruja ou outra faz o barulho que foi ensinada a fazer. Na mureta que separa a terra do mar, uma flor cresce a rasgar pedaços de concreto e afetos. Ali, muitos fetos viraram desafetos. Na penumbra que se alvoroça chegar definitiva e afetiva, falácias de amar, frases desconexas, curvas côncavas e convexas a convencer de que vale a pena viver.
Assim, volátil e tátil, trágica e cômica na tragicomédia digna de qualquer Cinédia tardia, Lavínia faz parir sua lavra. Não é agosto para fazer reviver o desgosto posto. A contragosto se dá o oposto. No fundo do poço, o rosto desnudo de entrevero louco. No poste que tem a lâmpada queimada, a escuridão que a dor precisa para chamar de Eufrásia o eufemismo da lavra.
-- Moça, não é cantada. Me perdoe a palavra, mas você tem a luz de uma fada.
No riso de Lavínia, a dica e a deixa para se deixar levar até aonde a vista alcançar. Na contradança, a desandança. Na lambança que o tempo faz e desfaz detrás de quatro paredes e dois corpos, um ventilador lembra da dor que a solidão traz. Nas suas hélices, o pouco de vento sentencia que em algumas várias semanas e suas tramas o rebento chegará.
Defronte de tudo, sobretudo, o mar se faz arrebentar... Ao fim de tudo, a certeza de que a bruma que a madrugada traz é feita de esconderijos e abrigos onde mesmo à loucura faz sentido. No calçadão, parte de pedras e concreto desafetos da imensidão, um morador de rua deita no colchão inexistente para viver a calma que se conta nos dedos por fim.
domingo, 9 de fevereiro de 2025
O cool jazz renasce com Gerry Mulligan
Por Edmilson Siqueira
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Com Marcelinho da Lua
Por Ronaldo Faria
Logo perto, se o sentido fosse seguir o caminho reto, o som de remix faz rolar um samba eletrônico. Atônito, Cristiano não pode acompanhar o ritmo por estar afônico. Mas faz uma rima enquanto enrola a seda fina. Na lua, esbranquiçada e feliz por rodar sem parar, São Jorge preto e branco calça o velho tamanco enquanto cavalga num jumento velho e manco.
No apartamento que fica logo ali, sobre o alicerce de concreto que está para desabar e cair, o casal bate boca, ro(ô)ta diga-se de passagem. Mas Cristiano não tem tempo para parar e ouvir o entrevero. No seu desterro altaneiro, melhor é buscar acertar a perna direita e a esquerda para não desabar. Tempo depois existirá à crença de partir numa volta sem retornar.
Na esquina, essa quina que decide se uma rua vira de nome ou segue seu homônimo qualquer, Cristiano vê um cristal brilhar. Se abaixa para pegar e vê que era apenas o pedaço de um vidro que estilhaçou. No banco à beira-mar um andarilho em seus andrajos ri da trama e dorme logo depois. No apocalipse de cada um, as roupas pouca importância terão no portal do fim.
A hora é de acender um beck, um back ou um beque. Na alternância da inconstante constância de reviver a cada dia um passado ao acaso, formatado e cansado, casado e lavrado em ata, Cristiano, que não é o Ronaldo, descobre que o partido alto pode estar aqui embaixo. Com o nome de partido álcool. No sinal de trânsito, o trâmite feérico das feras do eufemismo.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Deu vontade e faltou ideia
Por Ronaldo Faria
Imaginária imensidão, entregue imberbe ao mundo da solidão. Catarse de
um tempo em que a os passos repassam o movimento do vento e vão à vontade do
senão...
Livrai-me, senhor do nada, dos males que toda a saudade traz. Não fecha a ferida, mas dá ao corpo uma ermida para curar nas minhas rezas o que se preza derradeiro e primeiro. Dai-me a ausência do corpo da amada como um passado recente, presente e futuro. Dos seus olhos, faz-me ver o sorriso impreciso e ciente da falta do siso. Deixa-me beber nos seus lábios ausentes e ainda quentes, dormir entre seu corpo gemente e sua língua. Embriaga-me de porres loucos e etéreos, terrenos e plenos, em praias mansas e quentes. Se puder, me aquiesça um pouco de esperança de que ainda tocarei suas tranças e verei suas ancas. E quando a noite chegar de forma presta naquilo que resta do final, me entrega à trégua que só aqueles que amam querem voltar na eterna guerra entre a realidade e o querer.
Explicai-me, douto mestre da ignorância plena, porque a efêmera lembrança deixa tanto a reviver e sonhar. Às madrugadas que nos tragam em tragos e perfídia, nos faça correr pelas ruas escuras e vazias que os cães usam apenas para urinar. Se puder, na prudência que dá aos loucos e embriagados, nos largue famélicos de pudor e amor. Desnude-nos às vozes que crescem no coração partido, nos vista de pele nua em perjúrios mil. E se não soubermos de que forma nos entregarmos na cidade que se volatiliza ao picadeiro da fatalidade, nos dê um banco de praça limpo e de madeira onde a derradeira fantasia se fará verdade. Lá, nos deixe dormir e fingir que as flores florescem no escuro, as estrelas iluminam o universo e a paixão sabe que a parcimônia, no verdadeiro amor, não tem lugar.
(Ao som de Cacaso)
terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
Natalie Cole
Por Edmilson Siqueira
Mas essa, digamos, "pressão" não resultou em nada para a menina Stephanie Natalie Maria Cole, a grande Natalie Cole, pois desde cedo se revelou cantora, recebendo as primeiras lições do próprio pai.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
Melodicamente Melodia
Por Ronaldo Faria
Nalgum lugar um realejo traz o som que deve ser dos dias que ainda faltam. Sobremaneira, no cataclismo que o sismo do coração dá, o fluxo de sangue se faz fugitivo nas ruas escuras que a penumbra se faz colorida nos olhos de quem busca o amor tardio ou vadio, vazio em si e no querer. Nas casas que existem em todos nós, nos nós que a vida nos dá, gente ainda acorda sem as cordas do violão e o batuque do pandeiro e segue nas ruas de paralelepípedos que o tempo plantou. Nos dias de agora, flow, o florescer de qualquer gramínea já está bom demais. Ademais, o que mais poderemos querer? Afinal, no final prosaico que cada madrugada traz, seja feita vontade do escrever sem ver.
sábado, 1 de fevereiro de 2025
No Dia do Poeta, Pixinguinha
Por Ronaldo Faria
Galhardo, fardo de si mesmo, enfadonho e medonho no precipício das horas, sorve tragos e tragédias, comédias e únicas balburdias que existem no seu coração. Segue sem segredos, degredos e enredos no tempo que o vento traz. É ele mesmo, enfurnado num quadrado minúsculo e imenso ao sabor de um incenso. Grandiloquente e na sua pequenez profunda sonha com uma boca e sua língua, uma bunda. Na barafunda vazia, perfaz nostalgia e prepara a azia que logo virá. Se esmera na fera enjaulada e destrói as amarras enferrujadas.
Para ele, na galhardia que só a loucura traz, a noite é o que mais apraz. Talvez haja uma voz ou um jazz. Um descompassado compasso que não gira em 360 graus e nem igualmente está nos acordes da música. Nas palavras que são a lavra e o louvor, o torpor. Talvez uma esquina que a perfídia fulmina nas pernas da mulher/menina que traz angina ao coração, a chegança da trama imperfeita. Mas, analfabeto perpétuo que é, não sabe sequer o que é um pretérito perfeito. No seu jeito, na efeméride da vida, o blues vira amor singelo ou bafafá.
Galhardo, aprumado nas profundezas que misturam momentos pueris e safadezas, apenas se volatiliza na bruma que se faz. E enlouquecido na enfumaçada lua que surge esbranquiçada e fadada a servir de pano de fundo, se afunda na certeza de que nunca saberá diferenciar o sim de um não. Assim, na caminhada acobertada de vida e canduras, vai a caminhar feito zumbi. Aqui e ali, no defunto que é todo o dia que passou, segue seus passos pisados em asfalto e areia fina. Sua vida, logo que será finda, espera o colo da amada e lúdica poesia/mulher.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Entre Leny Andrade e César Camargo
Por Ronaldo Faria
O veemente aprendiz que pensa e tenta criar se entrega a mais uma etapa que tapas e trôpegas imaginações enternecem sem fim. Afinal, há fim numa encruzilhada encilhada desde a nascença para arrancar em tripas e corações as canções nunca escritas. Nas desditas infames que cruzamos a cada esquina, a derradeira chama. A estrela cadente que teima num inerte reluzir. O cheiro de bar, de lençóis esparramados e arrancados, beijos carcomidos e comidos no tempo, peles diversas e perplexas, entregues entre encontros e desencontros que não tardarão a virar poesia. Na orgia de escrever e criar, a incerteza de flanar entre a realidade e o findar. Certamente, entre a mente e a mentira de procrastinar o último suspiro, o próximo dia a descobrir que um novo porvir pode surgir. E cães desfilarão pelas ruas, pés permearão o sopro do eterno e o poeta, profeta do seu caos, descobrirá feridas que sangraram no entardecer.
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Encontro no som de Donato
Por Ronaldo Faria
-- Pois e, Mané. Em copo, corpo e alma.
-- Puta que pariu, isso merece uma comemoração. Genésio, desce mais umas doze pelo menos!
Amigos de infância, essa epifania que vira infâmia com o tempo, ou tormento fugaz, os dois se esbarram num bar irrequieto com suas mesas esparramadas à vida que se esvai num vaivém ininterrupto.
-- E aí, e a Silvana?
-- Acabou. Mas foi bom enquanto durou. E você? Como está a Valquíria?
-- No mesmo. Durou enquanto foi bom.
-- Que foda, não é?
-- Não acho. Foi que tinha de ser, nem menos e nem mais.
-- É, tem razão...
Na mesa ao lado, a florista de rua, dessas que saem de casal em casal a oferecer lembranças que se possa recordar quando a solidão chegar, oferece botões vermelhos. O rapaz, na esperança de que ao menos um beijo possa rolar, aceita comprar. “Aceita Pix?” Ela, obviamente, concorda sem pestanejar. E logo sai para outro casal apaixonado encontrar.
-- E como está a vida de solteiro?
-- Meio bom. Até meio ficar mal. Depende do dia.
-- É, eu sei. Estou meio assim também.
-- Mas nada como cerveja gelada, dose da marvada e, quando o holerite vem melhor, a dose de um 12.
-- O que não é caso agora...
-- Não, não é. Mas vamos esquecer economia e política. Vamos curtir o bar, a mulherada que passa na rua, a vida. Afinal, estamos a desbundar.
-- Aceito, concordado e assinado embaixo.
E como papear, ficar na resenha ou prosear é tudo de bom, os dois viajaram na maionese, nas batatas fritas, na porção de frango a passarinho e nas garrafas cheias e vazias. Ao fundo, de fundo, no mundo d’alma, toca “Nasci para Bailar”. Vida eterna, que já é e será àqueles que o amam, a João Donato.
domingo, 26 de janeiro de 2025
Hot Jazz Club
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Com João Donato na cabeça e no coração
Por Ronaldo Faria
-- Posso sentar do seu lado?
O pedido, vindo de Afonso (mas só um pouco depois ela saberia o nome do rapaz), surgiu solene, quase de joelhos, não fosse correr o risco de sangrar no corte que uma ponta de gnaisse quartzo feldspático de granulação fina pudesse fazer.
-- Claro que pode. O lugar é público e o por do sol é de todos.
-- Posso sentar do seu lado?
A voz de Sérgio (mas só outro tanto depois também descobriria ele assim se chamar) soou firme e convicta ao colocar uma garrafa de cerveja na mesa e dizer que a vida era bela demais, desde que fosse vivida na sua plenitude e amplitude.
-- Claro que pode. Desde que pague a conta do que consumir depois.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
A ouvir Henrique Simonetti 1955 (ou fora do bumbo 4)
Por Ronaldo Faria
-- Minha música, traga a túnica para o meu gim com tônica tomar...
Zuenir cambaleia, mas não titubeia. Muita coisa, acredita, ainda está por vir.
Com os Paralamas do Sucesso e a porra de uns óculos que não dão pra ver a tela direito
Por Ronaldo Faria Óculos trocado porque o outro estava embaçado. Na caça da catraca de continuar a viver ou da contradança do crer vai ag...

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